Você sabe como criar um plano de investimento? Confira 6 dicas
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Você sabe como criar um plano de investimento? Confira 6 dicas

como criar um plano de investimento
Escrito por Focalise

Saber como criar um plano de investimento é uma habilidade fundamental para se ter sucesso no mercado financeiro, principalmente, no longo prazo. Muita gente até obtém um ou outro resultado positivo em certas aplicações, mas não consegue manter um desempenho satisfatório por muito tempo.

Além disso, há pessoas que simplesmente deixam o dinheiro aplicado no banco onde já têm conta corrente, mas se esquecem de procurar por alternativas para que os recursos rendam mais. Isso já aconteceu com você? Se sim, tenha em mente que aplicar o capital sem eficiência pode custar caro no decorrer dos anos — em alguns casos, milhares de reais.

Para ajudá-lo a fazer o seu patrimônio crescer mais rapidamente, vamos responder a três perguntas básicas sobre como criar um plano de investimento, além de apresentar 6 dicas para você colocar esse roteiro de ação em prática! Fique conosco e surpreenda-se!

Como criar um plano de investimentos?

Alcançar a inteligência financeira não é algo que se faz do dia para a noite. Na verdade, existe um longo período de preparação até que o indivíduo conquiste um status de maturidade no mundo dos investimentos.

Assim, para fazer com que o seu capital renda acima da média, você deve seguir um método na hora de aplicar os seus recursos. De um jeito simples, podemos dizer que esse roteiro envolve planejamento, estratégia e controle.

Isso significa que, primeiro, você deve saber como criar um plano de investimento, depois precisa executá-lo e, por fim, monitorar os resultados e realizar possíveis ajustes. Em seguida, você encontra uma espécie de passo a passo para fazer o seu plano para investir.

Lembre-se de que, quanto mais você se esforçar para criá-lo, mais fáceis serão as suas decisões no futuro, afinal, você terá uma base de comparação para as suas escolhas. Logo, se determinada aplicação financeira está de acordo com o seu roteiro de investimento, ela pode servir para a sua realidade, caso contrário, deve ser descartada da sua carteira de ativos.

Gostou da ideia? Veja, então, como criar um plano de investimento com as 6 dicas que separamos a seguir!

1. Analise a situação financeira atual

Tudo começa com um ponto de partida e, nesse caso, ele se encontra com a avaliação da sua atual situação financeira. Pode parecer estranho, mas muitas pessoas não conhecem corretamente o próprio patrimônio. Por falar nisso, esse conceito não abrange só bens e direitos, mas também as obrigações, como as dívidas.

Assim, quando for realizar um diagnóstico da sua vida financeira, é importante que você faça um verdadeiro raio X nas suas contas, para saber quanto tem de capital e quanto tem de débitos para pagar. Saiba que a diferença entre ativos e passivos gera o seu patrimônio líquido.

Esse número é de grande importância para se avaliar a sua situação financeira, já que ele funciona como uma fotografia do capital que você realmente tem. Portanto, o patrimônio líquido é um excelente ponto de partida para você definir mais tarde os seus objetivos financeiros.

A propósito, tenha em mente que muita gente acredita ser rica, por ter muitas posses, como apartamento e carro de luxo, mas, na verdade, só tem financiamentos para quitar.

Depois de conhecer bem a sua realidade em relação às finanças, é preciso identificar qual é a sua tolerância a risco no mercado financeiro. Vamos ver mais sobre isso em seguida. Continue a nos acompanhar!

2. Descubra o seu perfil de investidor

O termo perfil de investidor diz respeito ao grau de risco que uma pessoa está disposta a correr nos investimentos em troca de determinada rentabilidade. A descoberta desse nível de tolerância é fundamental para que o indivíduo possa escolher ativos que realmente estejam de acordo com a própria personalidade.

Imagine a situação em que um motorista de veículo convencional, de repente, passa a dirigir um carro de Fórmula 1 sem qualquer experiência em automobilismo. É provável que algo dê errado, não é mesmo?

Tal suposição é parecida com a hipótese em que um investidor está acostumado a aplicar somente na caderneta de poupança ou no Tesouro Direto e, de uma hora para outra, passa a alocar recursos em derivativos, como minicontratos de índice e de dólar.

Em geral, esse tipo de mudança repentina só ocorre quando o indivíduo não sabe corretamente qual é o próprio perfil de investidor. Para não cometer esse erro, saiba que existem três tipos básicos de perfil: o conservador, o moderado e o arrojado (também chamado de agressivo).

Se enxergássemos esses três níveis de tolerância a risco numa espécie de reta, veríamos que:

  • no primeiro trecho (conservador), há predominância de aplicações de renda fixa;
  • no intermediário (moderado), existe uma mistura de renda fixa e renda variável;
  • já no terceiro trecho (arrojado), há preferência por ativos de renda variável.

Não custa lembrar que, na renda fixa, os ganhos são bastante previsíveis, pois o capital do investidor é remunerado por meio de uma taxa de juros. Já na renda variável, como o próprio nome diz, há muita flutuação dos preços.

Então, conforme o perfil de investidor e as necessidades de rendimento, a pessoa pode alocar o capital entre essas duas classes de investimento com pares de porcentagens diferentes — por exemplo, 70% do patrimônio em renda fixa, e 30% em renda variável, numa carteira com perfil moderado.

3. Estabeleça objetivos

O aprendizado de como criar um plano de investimento passa, inevitavelmente, por estabelecer objetivos de curto, médio e prazo. Isso está ligado de forma direta ao conceito de planejamento financeiro.

A essa altura do campeonato, você deve saber muito bem que juntar dinheiro sem qualquer propósito é uma tarefa que não tem muito sentido, não é mesmo? Não por acaso, os recursos financeiros são meios para que uma pessoa concretize sonhos, realize vontades e desejos, tenha um futuro tranquilo etc.

Então, o plano de investimento serve justamente para você colocar em prática os seus objetivos, então, é muito importante você definir com antecedência o que quer conquistar. Lembre-se de que, para cada propósito seu, há uma aplicação mais adequada. Portanto, se você quer potencializar o seu rendimento, é necessário fazer escolhas eficientes no mercado financeiro.

Assim, pare um tempo para listar todos os seus objetivos e, em seguida, desdobre-os em metas de curto, médio e longo prazo, para facilitar o controle da execução do plano. Com isso em mente, fica muito mais fácil distribuir o seu capital para esses diferentes destinos.

4. Diversifique os investimentos

Abaixo, confira os riscos a que as aplicações estão sujeitas e entenda por que é tão importante diversificar os investimentos para reduzir seus efeitos!

Risco de crédito

Antes de tudo, concentrar as aplicações financeiras em um só tipo de ativo ou em apenas uma instituição pode ser perigoso para o crescimento do seu patrimônio. Isso porque o investimento em questão pode não ser tão lucrativo caso ocorra uma mudança no cenário da economia ou, então, quem lhe vendeu o título pode passar por problemas financeiros e não conseguir honrar o compromisso assumido.

Nesse caso, quando a instituição declara falência ou é liquidada pelo Banco Central, fala-se em risco de crédito, ou seja, o emissor do ativo não tem condições de pagar o valor aplicado mais os juros ao investidor.

Risco de mercado

Existe ainda o chamado risco de mercado, quando a própria aplicação sofre uma queda de preço, geralmente, devido à lei da oferta e da procura. É bem verdade que isso é mais comum com quem decidiu investir na bolsa de valores, já que as cotações das ações tanto podem subir quanto descer.

Contudo, quem preferiu aplicar em títulos públicos também deve ficar ligado na hora de fazer o resgate da quantia alocada, já que, em situações específicas, pode ocorrer sim de os ativos estarem desvalorizados, embora façam parte da renda fixa. Em geral, isso ocorre mais com títulos pré-fixados ou vinculados à inflação (Tesouro IPCA).

Risco de liquidez

Na montagem da carteira de investimentos, você também precisa levar em conta o chamado risco de liquidez, que ocorre quando não é possível sacar o dinheiro no momento desejado. Isso acontece em aplicações que têm prazo de carência, que é um limite de tempo no qual o investidor não pode retirar o dinheiro do ativo.

Via de regra, essa condição existe em títulos bancários, como CDB, LCI e LCA, com prazos de vencimento maiores, como dois ou três anos, que oferecem uma rentabilidade superior à média, justamente, para compensar a imobilização do capital por mais tempo.

Assim, ao aprender sobre como criar um plano de investimento, você deve ter em mente que a diversificação da sua carteira de ativos é bastante importante para você distribuir os riscos das aplicações, além de aproveitar os diferentes cenários econômicos.

Nessa alocação de capital, você pode dividir o seu patrimônio entre a renda fixa e a renda variável, em porcentagens que estejam de acordo com o seu perfil de investidor. Por exemplo, se você é conservador, por mais que concentre as suas aplicações na renda fixa, ainda assim, é possível diversificar em termos de produtos, como:

  • títulos públicos do Tesouro Direto;
  • Certificado de Depósito Bancário;
  • Debêntures;
  • Letras Financeiras;
  • Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs) etc.

5. Estude sobre o assunto investimentos

Conquistar resultados acima da média no mercado financeiro sem estudar é algo muito difícil, já que o investidor precisa fazer uma leitura atenta da realidade econômica para poder tomar decisões com clareza.

Por exemplo, a dobradinha entre o nível de inflação, medido pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), e a taxa básica de juros (Selic) é responsável por muitas escolhas dos investidores. Porém, como esses indicadores mudam de tempos e tempos, você precisa ficar atento a essas movimentações, para optar pelos ativos que mais se adaptam a cada cenário.

Além do mais, aprender educação financeira é uma forma de você se tornar ainda mais independente no que diz respeito à gestão do seu dinheiro. Por mais que você venha a contratar uma assessoria de investimentos no futuro, você terá condições de discutir com qualquer analista os melhores rumos para a sua carteira de ativos.

6. Avalie constantemente o progresso

Após saber como criar um plano de investimento e colocá-lo em prática, você deve ter em mente que será necessário monitorar a execução dessa proposta. Assim, periodicamente, você deve controlar a sua carteira de ativos, para checar se ela tem se comportado segundo a sua expectativa.

A vantagem de avaliar o progresso dos investimentos com frequência é se manter focado na gestão do próprio patrimônio e, com isso, aumentar a probabilidade de cumprir as metas propostas. Afinal, ao ficar de olho nas aplicações, você sempre terá os seus objetivos em mente e, desse jeito, será difícil esquecê-los.

Quais são os riscos de não fazer um planejamento?

Não basta saber os benefícios e dicas para criar um plano de investimento — você também precisa conhecer os riscos de deixar o planejamento de lado. Muita gente acredita que guardar o dinheiro em qualquer aplicação já é suficiente para rendê-lo, porém, a história não é bem assim, já que nem todos os ativos do mercado financeiro proporcionam retorno acima da inflação.

Veja, então, o que você deve evitar na hora de investir.

Fazer investimentos pouco rentáveis

Vamos supor que você queira comprar um celular que custa R$ 1.500 numa loja perto da sua casa. Você dá uma olhada nas características técnicas do aparelho e vê que realmente ele atende às suas necessidades. Então, bate o martelo e decide levá-lo para casa.

Mais tarde, quando vai mostrar o equipamento para o seu filho, descobre que uma loja na Internet vendia o mesmo aparelho por R$ 1.000. É provável que, nessa hora, você tenha certo sentimento de frustração, não é verdade?

Talvez você diga agora que, dificilmente, isso ocorreria com você, já que sempre faz uma boa pesquisa de preço antes de adquirir um produto. E quanto à escolha de investimentos, você também tem esse hábito?

Saiba, então, que as rentabilidades dos ativos no mercado financeiro podem variar bastante, até mesmo entre aplicações com nível semelhante de risco. Logo, quem deixa o dinheiro em qualquer investimento está sujeito a perder um retorno significativo ao longo dos anos, que pode chegar a milhares de reais conforme o patrimônio da pessoa.

Perder dinheiro com investimentos de alto risco

Existem certos tipos de aplicações cujos potenciais de rendimento podem superar a casa dos 100% de lucro. É claro que, conforme uma máxima do mercado financeiro, os riscos envolvidos nesses tipos de operações são proporcionais aos ganhos.

Na verdade, há casos em que o indivíduo tem perdas maiores do que o capital inicialmente alocado. Então, torna-se muito arriscado investir em ativos que têm altas chances de prejuízos, ainda mais se você não tem muita experiência no mercado financeiro.

Portanto, não se deixe levar por histórias de ganhos fáceis com o investimento de última hora, já que, em muitos casos, quando esse tipo de relato começa a aparecer, é sinal de que quem entrou primeiro na aplicação vai realizar os lucros, ou seja, vender os ativos que tem. Assim, se você entra na jogada tarde demais, quando os preços estão nas alturas, podem demorar anos até conseguir recuperar o que perdeu.

Investir mais do que recebe

Ainda na mesma linha de raciocínio anterior, muita gente vê uma possibilidade de lucrar no mercado financeiro e, para tanto, resolve pedir dinheiro emprestado para colocar num ativo com a expectativa de multiplicar o capital e pagar a quantia tomada antes.

Embora na teoria isso possa funcionar, na prática, os riscos são altíssimos. Já imaginou não só perder o dinheiro como depois ter que pagar juros consideráveis pela dívida? O prejuízo seria dobrado, não é mesmo?

Ao contrário, quando a pessoa sabe como criar um plano de investimento, ela passa a ter um roteiro de ação para alocar os próprios recursos, então, dificilmente ficará tentada a destinar parte do capital para algo que não estava previsto no seu planejamento.

Qual a importância de contratar um profissional de investimentos?

Ao chegar até aqui, você talvez tenha se assustado com o tanto de regras que deve seguir para ter um desempenho satisfatório no mercado financeiro. Realmente, para quem tem uma vida muito atarefada, como empresários, médicos, professores etc., nem sempre sobra tempo para se dedicar à escolha de investimentos.

Ainda assim, isso não pode ser desculpa para você deixar o seu dinheiro render menos do que ele podia. Na sequência, você descobre por que vale tanto a pena contar com o auxílio de especialistas no mercado financeiro. Continue a nos acompanhar!

Aproveitar as vantagens de uma assessoria personalizada

Aprender a como criar um plano de investimento pode demorar certo tempo. Por vezes, a pessoa só ganha experiência no mercado depois de cometer alguns erros e perder dinheiro. Contudo, nem todo mundo precisa seguir esse mesmo caminho.

Na verdade, ao contratar o serviço de uma assessoria de investimentos, você pode ter um atendimento personalizado para a sua realidade. Com esse suporte de profissionais gabaritados em aplicações financeiras, você poderá fazer o teste do seu perfil de investidor, além de conhecer as características dos ativos mais adequados para os seus objetivos.

Como tem uma grande bagagem no mercado, o assessor de investimentos sabe mostrar para você as aplicações que são mais propícias para cada contexto econômico. Assim, você não precisa fazer várias simulações para descobrir qual ativo é mais apropriado para cada situação.

Obter indicações de investimentos de acordo com o seu perfil de investidor

Os assessores de investimento têm que seguir regras impostas pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM), entidade que fiscaliza a atuação de quem trabalha no mercado de capitais. Com isso, os assessores só devem oferecer produtos que estejam de acordo com o perfil do investidor.

Dessa forma, ao contratar o serviço de um profissional especializado, você vai receber indicações de ativos que se encaixem no seu nível de tolerância a risco. Além disso, você vai ficar sempre por dentro de oportunidades de rentabilidade acima da média, sobre as quais você dificilmente saberia se não acompanhasse o dia a dia do mercado financeiro.

Para você ter uma ideia disso, por vezes, as corretoras de títulos e valores mobiliários fazem parcerias com determinados bancos, para oferecerem aplicações financeiras com um retorno superior ao habitual. Porém, essas “promoções” costumam acabar rápido. Por isso, ter um assessor de investimentos pronto para auxiliá-lo nessa hora é uma forma de marcar presença nas oportunidades de grandes retornos.

Ter maior segurança para investir

Em muitos casos, a pessoa até aprende como criar um plano de investimento, mas não chega a colocá-lo em prática devido a dificuldades com certos assuntos operacionais, como transferência de capital para a conta da corretora, custos de transações, taxas de custódia, declaração de Imposto de Renda etc.

Por vezes, ela chega a executar o plano, mas não atenta para determinados detalhes, como considerar os ganhos acima da inflação, levar em conta a rentabilidade líquida e não a bruta, calcular os diferentes cenários de tributação, avaliar a hora mais adequada de sair das operações de renda variável etc.

Se você não quer correr esses riscos, ter o apoio de um profissional do mercado financeiro é uma forma de investir com mais segurança, já que esse auxílio fará com que você não perca tempo com aspectos menos importantes da sua jornada de investimento.

Como podemos notar, aplicar dinheiro no mercado financeiro requer um método, o qual começa com a realização de um planejamento apurado. Se queima essa etapa, o investidor praticamente compromete as decisões futuras e, por consequência, a rentabilidade da carteira de ativos.

Por outro lado, quando ele se preocupa em como criar um plano de investimento, as chances de fazer escolhas mais acertadas são maiores, já que cada opção é fundamentada nos objetivos financeiros, nas necessidades de resgate do dinheiro, no nível de tolerância a risco etc. Assim, fica mais difícil errar na hora de alocar recursos num ativo.

Ao cumprir esses passos, você não só evita deixar o seu capital em investimentos que rendem pouco, como também se protege em relação a aplicações arriscadas e que não estão de acordo com o seu perfil.

Por mais que, no início, mudar a sua mentalidade de investidor possa ser algo trabalhoso, saiba que os resultados no longo prazo compensam essa transformação de hábitos, afinal, você vai poder colher os frutos de decisões eficientes.

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Sobre o autor

Focalise

A Focalise surgiu da necessidade dos investidores em ter um ambiente para o debate, educação e apoio às decisões no mercado de capitais.

Buscamos informar, orientar, educar e oferecer serviços que facilitem o entendimento e a identificação das oportunidades de investimentos.

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