Ficar na dúvida entre manter suas economias na poupança ou investir em ações, por exemplo, é muito comum. A maior parte dos questionamentos de quem deseja investir vem da simples falta de informações ou da inexperiência de como aplicar o dinheiro.
Quanto mais você souber sobre os tipos de investimentos, menores serão as chances de ter prejuízo ou investir em produtos que não têm uma boa rentabilidade.
Boa parte do que você precisa saber se resume à diferença entre renda fixa e variável, e o que elas oferecem. Aprender sobre isso não é uma tarefa difícil.
Neste post, veremos algumas características importantes de cada modalidade de aplicação. Acompanhe!
O que é renda variável
Um investimento é chamado de renda variável quando não é possível saber, previamente, qual será a rentabilidade que será obtida através da aplicação.
Na renda variável, você geralmente adquire participação em algum empreendimento. Ou seja, de certa forma, estará comprando uma parte dela e sendo remunerado por isso.
Por exemplo, ao obter ações de uma determinada empresa, você só receberá dividendos se a companhia tiver lucro. Além disso, a rentabilidade pode variar, ou seja, os dividendos podem ser maiores se a empresa tiver uma boa lucratividade, ou menores se o lucro for mais baixo.
E ainda, como os preços são muito voláteis (variam diariamente, tanto para positivo quanto para negativo), o retorno de capital não pode ser definido previamente, uma vez que estão sujeitos as flutuações e riscos de mercado.
Lembre-se: risco e retorno são diretamente proporcionais – aumentando o nível de risco, você poderá ter um rendimento proporcionalmente maior.
Mas é preciso ter consciência do risco. Antes de buscar um investimento de renda variável, é bom ficar atento à situação econômica em que a empresa está inserida, bem como a situação financeira atual da companhia.
Vejamos alguns tipos de investimentos de renda variável que podem ser bastante atrativos:
Ações
Aplicações em ações são clássicos exemplos de renda variável. Nesse tipo de investimento, empresas que têm capital aberto disponibilizam “frações” da companhia, assim o investidor se torna sócio dela.
Contudo, o valor que o investidor irá receber (ou não) dependerá da saúde financeira da empresa, da estabilidade econômica ou do próprio mercado financeiro. Assim, como os preços das ações sofrem alterações a todo momento, não é possível definir com antecedência o quanto será distribuído aos acionistas.
Fundo de ações
O mercado de renda variável oferece um leque de produtos que o investidor pode escolher para colocar seu dinheiro, porém exige cuidado redobrado com os riscos, principalmente para quem é iniciante.
Para ganhar mais segurança e facilitar todo o processo, muitos investidores recorrem aos chamados fundo de ações, uma espécie de “terceirização da aplicação”.
Neste caso, o investidor compra cotas de um fundo de investimento e, na prática, a negociação e toda parte burocrática fica a cargo do banco ou da corretora responsável.
Pense nos fundos como um condomínio, em que inúmeros investidores lançam suas apostam para adquirir cotas. Assim, como o próprio nome já sugere, a carteira de ativos fica concentrada unicamente na área das ações.
Quando negociados na Bolsa de Valores, por exemplo, podem ser divididos em: fundos passivos e dividendos. No primeiro caso, o objetivo é ficar o mais próximo possível de um índice, um bom exemplo é o Ibovespa. Porém o maior desafio é prever as oscilações do mercado.
Já no segundo caso, o investimento é concentrado em ações disponibilizadas por empresas que já são reconhecidas por distribuírem seus lucros com os acionistas.
Entre as principais vantagens do fundo de ações se destacam:
- diversificação dos investimentos com menor exposição aos riscos;
- Imposto de Renda recolhido apenas no momento do resgate;
- liquidez diária.
Multimercados
Algumas pessoas preferem diversificar na hora de escolher onde direcionar o dinheiro. E, para isso, investem em uma série de aplicações financeiras, como os chamados fundos multimercados.
A principal característica dos fundos multimercados é a versatilidade, possibilitando que o aplicador tenha a flexibilidade de montar estratégias conforme a volatilidade do mercado ou o cenário econômico.
Apesar de representar uma boa opção de investimento, uma vez que a liberdade de aplicar em diversos ativos pode trazer um retorno bem atrativo, o alto nível de risco pode gerar perdas.
O que é renda fixa
Quando se fala em renda fixa, muitas pessoas logo associam essa modalidade às famosas “cadernetas de poupança”. Ao aplicar num produto desse tipo, o investidor conhece ou tem condições de calcular a remuneração de um título antecipadamente.
De forma simplificada, a modalidade de renda fixa equivale a um “empréstimo” que o investidor faz a uma instituição financeira ou, até mesmo, ao Governo e, em troca, recebe uma remuneração pré-acordada, dentro de um prazo pré-estabelecido.
Em geral, os títulos de renda fixa possuem duas principais formas de remuneração:
Pré-fixados: o investidor conhece a rentabilidade do título no momento da sua aplicação. Ou seja, os valores da rentabilidade são informados de antemão.
Pós-fixados: o investidor sabe como calcular a rentabilidade, mas não sabe exatamente qual o valor. Alguns investimentos são atrelados ao IPCA ou à taxa Selic, oscilando conforme o mercado, o que significa que não é possível saber exatamente o quanto a aplicação renderá, apenas um valor aproximado.
Os investimentos de renda fixa costumam ser considerados de menor risco e indicados para perfis conservadores. Porém, isso não significa que são imunes a riscos. A possibilidade de o emissor do título não cumprir com as obrigações assumidas não pode ser ignorada.
Vejamos quais são os principais tipos de investimentos de renda fixa:
Caderneta de Poupança
Aplicar dinheiro na caderneta de poupança não tem sido um bom negócio para quem deseja obter rendimentos significativos em menor tempo. Com a rentabilidade abaixo da inflação, quem deixou dinheiro na poupança nos últimos anos acabou recebendo menos do que esperava.
Aplicar dinheiro na poupança isenta o investidor do Imposto de Renda e de outras taxas administrativas. Contudo, a pior das desvantagens é o baixo retorno.
Para quem utiliza a poupança apenas como um meio de depositar o dinheiro do dia a dia, e por um período curto de até seis meses, é uma ótima opção, já que o valor pode ser retirado a qualquer momento, sem qualquer custo. Mas não deve ser considerada como investimento.
Tesouro Direto
É um tipo de aplicação de renda fixa na qual o investidor adquire títulos públicos disponibilizados pelo Governo. A rentabilização do Tesouro Direto segue a variação da Taxa Selic, que é sempre positiva. Podendo ter apenas um pequeno deságio, caso a venda do título seja antecipada.
Uma das grandes desvantagens dos títulos públicos é o desconto do Imposto de Renda (IR), que varia conforme o tempo de aplicação, sendo às alíquotas de:
- até 180 dias: 22,5%;
- de 181 dias a 360: 20%;
- de 361 a 720: 17,5%;
- acima de 721 dias: 15%.
Assim, quanto mais tempo o valor se manter aplicado, menor é a alíquota de tributação.
LCIs e LCAs
As Letras de Crédito Imobiliário (LCI) e as Letras de Crédito do Agronegócio (LCA) são títulos de crédito que têm como garantia financiamentos imobiliários ou agrícolas.
A grande vantagem de investir nas LCIs e LCAs é que ambas as opções são isentas de IR e da taxa de administração – descontos que acabam pesando muito no bolso do investidor.
Porém a principal desvantagem é o prazo que o dinheiro deve permanecer aplicado, uma vez que é impossível fazer a retirada enquanto não vencer a data do resgate, variando de 90 dias a 3 anos.
CDB
Ao aplicar em um Certificado de Depósito Bancário – CDB, o investidor empresta dinheiro à instituição financeira, que o remunera por isso, enquanto que o banco empresta esses recursos captados a outros clientes. Em outras palavras, “uma mão lava a outra”.
Assim, o banco paga uma taxa menor para captar do que aquela cobrada para emprestar. É assim que ele garante o lucro das operações. A desvantagem do CDB é a incidência de IR, assim como ocorre no Tesouro Direto.
E aí, já sabe a diferença entre renda fixa e variável? Que tal compartilhar conosco sua experiência? Deixe seu comentário nos campos abaixo.
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