O futuro é uma das maiores preocupações das pessoas. Com o passar dos anos, há vários questionamentos, como os ligados à saúde, aos filhos e à qualidade de vida em geral.
Como a capacidade de trabalho diminui conforme a idade aumenta, a aposentadoria é o maior apoio nesse momento. E, em um cenário de tantas incertezas, é preciso considerar a aposentadoria privada ou previdência privada, como também é conhecida.
Já que a versão social concedida pelo INSS é fruto de reclamações, preocupar-se desde já com uma alternativa complementar é uma das melhores coisas que você pode fazer para garantir o seu futuro.
Continue lendo este post e veja tudo o que você precisa saber sobre a aposentadoria privada:
O que é aposentadoria privada, afinal?
A previdência privada é o nome pelo qual é conhecido um investimento que funciona como uma espécie de aposentadoria. A diferença é que, nesse caso, ela é oferecida pelo sistema privado, em contraponto à tradicional, que é de responsabilidade do INSS.
Por causa disso, ela também é conhecida como aposentadoria privada, podendo ser feita por pessoas de qualquer idade e de acordo com as necessidades e com os desejos específicos de cada um.
Trata-se de um investimento voltado para o longo prazo, de modo que cada pessoa receba o valor acumulado ao final do período estabelecido. Passa por uma fase de construção de patrimônio e, então, gera os pagamentos periódicos para quem contratou — exatamente como acontece com uma aposentadoria.
Veja aqui uma vídeo-aula sobre a Previdência Privada!
Quais são as suas principais vantagens?
Fazer esse investimento é muito vantajoso para pessoas com diversos perfis e que tenham o interesse no futuro. Com a aplicação correta dos recursos, essa é uma opção bastante relevante principalmente porque traz os seguintes benefícios:
Facilidade no investimento
A falta de conhecimento e de experiência faz com que muita gente tenha recursos, mas não saiba onde aplicar corretamente o dinheiro. Em parte, isso se deve ao fato de que muitos investimentos são complexos.
Exigem contas em corretoras, acompanhamento de indicadores e movimentações e decisões muito frequentes. Com isso, eles se tornam menos acessíveis e convenientes.
Com a previdência privada, isso não acontece. Tudo é definido de maneira bem simples e praticamente não há burocracia para aplicar o dinheiro e recebê-lo no momento que for apropriado.
Complementação da aposentadoria
Durante o período economicamente ativo, é comum que um profissional tenha um padrão de vida que nem sempre é mantido durante a aposentadoria. Como, normalmente, esse valor corresponde a apenas uma fração do que era recebido, o futuro pode ficar relativamente comprometido.
Com a previdência privada, porém, esse problema é solucionado. O valor a ser recebido por mês funciona como uma importante complementação, inclusive da aposentadoria oferecida pelo setor público.
Sendo assim, dá para garantir que o orçamento não seja tão intensamente afetado, permitindo a manutenção do padrão de vida.
Segurança para o futuro
A aposentadoria é um momento sensível na vida das pessoas. A capacidade de trabalho diminui e, finalmente, é hora de descansar.
Porém, com a idade também chegam novas preocupações: o encarecimento do plano de saúde, a necessidade de gastos maiores na farmácia, os filhos que precisam de ajuda para pagar a faculdade e assim por diante.
Com a aposentadoria privada, dá para garantir que todas essas necessidades serão cobertas, inclusive por causa do rendimento melhor e complementar.
Além de tudo, há uma característica de hereditariedade, de modo que esses recursos possam ser transmitidos aos beneficiários em caso de morte, por exemplo.
Personalização e autonomia
Outro benefício muito importante a respeito da contratação de um plano desse tipo é que existe uma grande personalização. Você pode escolher o quanto vai receber, como vai fazê-lo, por quanto tempo acontecerá e a partir de qual idade o benefício será recebido.
Por si só, isso garante total adequação às suas necessidades, em vez de simplesmente consumir uma solução pronta que nem sempre te atende da melhor maneira possível.
Essa grande gama de possibilidades também traz a total autonomia como possibilidade. Você se torna responsável por definir com que frequência acontecem os carregamentos, os seus valores e assim por diante.
Benefícios fiscais
Dependendo do tipo de previdência privada escolhida, você terá direito a benefícios fiscais importantes. Nesse caso, poderá abater até 12% do Imposto de Renda, desde que ele seja declarado de maneira completa.
O pagamento dos impostos só acontecerá ao final do resgate, sobre o valor total a ser recebido, de modo que poderá utilizar esses benefícios para outras possibilidades.
Com o dinheiro que seria pago na forma de imposto, você pode, por exemplo, fazer outros investimentos e conseguir resultados ainda melhores.
Diversificação de investimento
Por falar em outros investimentos, fazer um plano desse tipo traz uma importante característica, que é a diversificação. Ele é uma opção moderada, com riscos e rentabilidades perfeitos para quem deseja ganhar um pouco mais, mas sem se arriscar muito.
Porém, mesmo entre conservadores ou arrojados, essa é uma boa opção. Trata-se de uma forma de equilibrar investimentos que estão nos extremos, aumentando a segurança e melhorando a performance.
Com uma aplicação dessa na sua carteira, você garante que ela se torne diversificada e robusta contra diversas mudanças que podem afetar os resultados.
Previdência privada e previdência social: quais são as diferenças?
Em relação à previdência social, a privada guarda diferenças muito importantes e que geram um resultado totalmente distinto. Embora sejam utilizadas na aposentadoria, elas atendem perfis diferentes e geram consequências que devem ser muito bem observadas.
As principais diferenças residem em elementos estruturais, e entre os mais importantes estão:
Obrigatoriedade
Uma das maiores diferenças entre a previdência privada e a social é a obrigatoriedade. Isso porque todos os trabalhadores que atuam sob o regime CLT são obrigados a contribuir para o INSS. Esse é um desconto sobre o qual o funcionário não tem nenhuma interferência, inclusive em relação ao valor.
Já a previdência privada é totalmente opcional. Quem deseja se preocupar desde já com o futuro pode fazer um plano desse, sendo empregado pela CLT ou sendo um autônomo, como acontece com os empreendedores de diversas áreas.
Essa questão do caráter faz toda a diferença, já que a privada dá, exatamente, controle e autonomia para que cada um saiba como é a melhor forma de receber o próprio dinheiro.
Valor de aposentadoria
Em 2016, o limite aprovado pelo Congresso Nacional para a aposentadoria foi de R$ 5.578,00. Historicamente, esse montante não aumenta muito de um ano para o outro, ficando limitado a uma pequena porcentagem extra do valor anterior.
Ou seja, independentemente da contribuição do trabalhador ou do salário que ele possui no momento em que se aposenta, ele não pode receber além do valor definido como o teto.
Com a aposentadoria privada isso não acontece. Tudo vai depender de 3 fatores:
o valor do investimento por mês;
o tempo de investimento;
e o tempo de recebimento.
Quanto maior for o patrimônio construído e menor o tempo de recebimento, maior é o valor a ser recebido por mês, sem limites.
Rentabilidade
Em parte, isso está ligada a uma questão de rentabilidade. Os recursos destinados ao INSS ficam praticamente parados, com rentabilidade baixíssima e, muitas vezes, abaixo da inflação. Com isso, o dinheiro a ser destinado a cada contribuinte é bem pequeno em relação ao total que foi captado ao longo de toda a vida produtiva.
Já com a previdência privada, você possui mais diversidade de escolha sobre onde aplicar os recursos, podendo ser em renda fixa, ou até com uma composição em ações. Desta forma é possível adequar mais ao perfil do investidor e tentar rendimentos maiores.
Tempo de solicitação
Para manter toda a estrutura funcionando, a previdência social utiliza alguns critérios para que as pessoas possam solicitar o recurso, sendo idade e tempo de contribuição os elementos mais importantes.
A Reforma da Previdência, amplamente discutida desde o começo de 2017, é um exemplo, já que o seu texto dispõe que as mulheres só podem se aposentar a partir dos 62 anos e os homens, a partir dos 65.
A questão é que muita gente quer poder curtir a vida longe do trabalho mais cedo. Se com a opção social isso não é possível, a privada permite que receba os seus rendimentos a partir da idade que desejar — basta ter o patrimônio adequado para tanto.
Graças a esse recurso, portanto, você poderá se aposentar aos 50, aos 60, aos 70 anos ou quando achar conveniente, dependendo das características de investimento.
Garantia de recebimento
É fato que, há algum tempo, há o chamado “rombo da previdência”. Com o brasileiro vivendo cada vez mais, é necessário oferecer recursos de aposentadoria por um tempo maior. Ao mesmo tempo, a diminuição da taxa de natalidade faz com que, em longo prazo, haja menos jovens trabalhando e oferecendo recursos ao INSS.
Com isso, há grandes chances de a instituição entrar em colapso, especialmente em uma transformação profunda no seu sistema, que atualmente é semelhante ao de uma pirâmide. Tornando-se insustentável, muita gente que contribui não vai conseguir receber o valor de uma vida.
Já a previdência privada não corre esse risco tão intenso. Embora não dê para dizer que há garantias a respeito da rentabilidade, por se tratar de uma construção individual de patrimônio, há muito mais chances de você receber conforme o esperado.
Quais são os principais planos da previdência privada?
Ao decidir fazer uma previdência privada, você terá acesso a diversos planos. Essas opções garantem que consiga montar o seu patrimônio da melhor maneira, favorecendo os resultados e garantindo a sua segurança no futuro.
O ideal é conhecer cada um deles, de modo a selecionar qual é a opção que faz sentido. Veja, portanto, as características relevantes de cada um deles:
Planos fechados
Os planos fechados, conhecidos como fundos de pensão, são aqueles limitados aos funcionários de uma determinada instituição privada. Nesse caso, existe uma colaboração da empresa, que faz parte do pagamento do carregamento.
Embora haja aquelas que façam o depósito completo, é comum que a ajuda seja condicionada ao investimento que cada funcionário faz. Nesse caso, um aporte de R$ 200,00 do funcionário leva a um depósito de mesmo valor por parte da empresa, totalizando R$ 400,00.
É uma das escolhas mais vantajosas, mas, pelas suas características, não é muito comum nem de fácil acesso. Para consegui-la, é necessário encontrar uma empresa que ofereça esse benefício, além de se manter nela pelo maior tempo possível.
Em alguns casos, aparece também em sindicatos e em instituições de classe com condições um pouco mais favorecidas do que as abertas.
Planos abertos
Já os planos abertos são os mais comuns, oferecidos por instituições específicas e que podem ser adotados por qualquer pessoa com capacidade financeira para tanto. Nesse caso, eles se dividem em 2 tipos diferentes:
PGBL
O Plano Gerador de Benefício Livre (PGBL) é o indicado para quem faz a declaração completa do Imposto de Renda e que deseja obter importantes benefícios fiscais.
Nesse caso, a tributação acontece em relação ao valor completo acumulado e resgatado ao final do período de construção do patrimônio.
VGBL
Já o Vida Gerador de Benefício Livre (VGBL) é indicado para autônomos, para quem não faz a declaração completa do IR ou para quem já possui outras deduções fiscais. Nesse caso, a incidência do imposto acontece apenas em relação ao valor obtido pelos rendimentos do plano, em vez de pelo total acumulado.
Com isso, as contribuições não sofrem incidência de imposto, há uma rentabilidade ainda melhor do acúmulo de receitas, melhorando os resultados de recebimento ou de prazo.
Veja aqui uma vídeo-aula sobre a Previdência Privada!
Investimentos na renda fixa
Outra possibilidade quanto à aposentadoria privada é fazer investimentos na renda fixa. Note que não se trata de um plano de previdência do tipo, mas sim de uma estratégia segura em que há acúmulo de dinheiro para uso no futuro, de modo a favorecer a segurança durante a aposentadoria.
É importante que o investimento seja na renda fixa porque, dessa maneira, os riscos são moderados. Como as consequências surgem em longo prazo, não dá para arriscar o dinheiro de toda uma vida na Bolsa de Valores, por exemplo.
A estratégia vai depender da quantidade de recursos e do que deseja. Caso a intenção seja ganhar sempre acima da inflação e no longo prazo, o Tesouro Direto atrelado ao Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) é uma boa opção. Assim, a rentabilidade varia de acordo com uma taxa fixa somada à inflação.
Também é viável investir em opções como os fundos DI e o Certificado de Depósito Bancário (CDB), que trazem boa rentabilidade em médio prazo. Já escolhas como Letra de Crédito Imobiliário (LCI) e Letra de Crédito do Agronegócio (LCA) são isentas de Imposto de Renda, favorecendo a rentabilidade.
Porém, fuja da poupança. Ela não possui uma rentabilidade tão boa e, embora tenha liquidez, não é a melhor escolha se não quiser perder poder de compra no futuro.
Como ter uma aposentadoria privada?
Se quiser aproveitar todas as vantagens de ter uma aposentadoria privada, então é hora de saber como fazer para colocar as ações em prática.
Caso esteja pensando em investir em um plano específico, você precisará apenas de um pouco de planejamento para garantir que tudo saia como o desejado.
Nesse caso, os passos principais incluem:
Faça um levantamento das suas finanças
É fundamental começar compreendendo como andam as suas finanças. Entenda, em 1º lugar, qual é o seu padrão de vida. O ideal é que a aposentadoria ajude a manter um estilo de vida bem parecido, de modo a garantir total segurança e satisfação nessa fase tão importante.
Também é importante compreender o quanto você recebe e o quanto consegue poupar. Não adianta ter um determinado planejamento de construção de patrimônio se não vai possui os recursos suficientes para fazer os aportes.
Busque um valor intermediário e confortável, que ajude na construção de um bom patrimônio, mas que não comprometa as suas finanças nem que te deixe em uma situação delicada.
Decida os objetivos de recebimento
Na sequência, decida os objetivos de recebimento, e isso acontece levando em consideração 2 variáveis: tempo e recebimentos mensais. Comece, portanto, estabelecendo a partir de qual idade deseja se aposentar por esse meio.
Se quiser se aposentar aos 50 anos, considerando que a expectativa de vida do brasileiro é de 75 anos, então é provável que tenha o recebimento por 25 anos.
Também é necessário determinar qual é o valor que você vai receber por mês. Se quiser uma complementação de R$ 2 mil, por exemplo, é exigido um patrimônio médio de R$ 600 mil — e isso sem as taxas, os impostos e as possíveis correções.
Se vai contribuir por 15 anos, por exemplo, precisa ter um investimento bem robusto. Já se a contribuição ocorrerá por 30 anos, a necessidade cai pela metade. Coloque tudo isso na ponta do lápis para ter uma boa definição.
Encontre uma boa administradora
O próximo passo consiste em encontrar uma boa administradora. Em 1º lugar, isso deve significar segurança. É fundamental que ela seja robusta o suficiente para ter a capacidade financeira de fazer os pagamentos no momento certo.
Se a administradora promete demais, é muito provável que ela não seja de confiança. Então, busque opções reconhecidas no mercado, veja qual é o histórico de rentabilidade e, se sentir a necessidade, procure a ajuda de especialistas para que você faça a melhor escolha.
Conheça e defina as condições de contrato
Depois de definir tudo o que deseja, é hora de conhecer e de estabelecer as condições de contrato. Isso significa que você deve reconhecer, por exemplo, quais são as taxas envolvidas.
Em geral, há uma taxa de carregamento — ou seja, uma porcentagem cobrada sobre o valor depositado — e uma de administração, que é cobrada sobre o montante total. O ideal é que elas sejam tão pequenas quanto possível, já que podem diminuir a rentabilidade de uma forma preocupante.
Em alguns casos, há uma taxa de retirada, o que deve ser observado antes para que não termine se arrependendo.
Você também deve compreender quais condições pode estabelecer. Em alguns casos, é possível associar o plano de previdência privada à morte, de modo que os beneficiários recebam o valor acumulado, como se fosse um seguro. Verifique se isso é permitido e defina corretamente essas questões antes de assinar.
Tenha uma estratégia de carregamento
Com o plano valendo, é hora de criar uma estratégia de carregamento. Você pode fazer um depósito a cada 6 meses ou a cada ano, mas isso só vai prejudicar o tempo para que haja a construção de patrimônio.
Em vez disso, vale a pena fazer depósitos constantes, ainda que em valor menor. Essa consistência é recompensada pela rentabilidade que se acumula, de modo a facilitar a construção de patrimônio.
Planeje-se e, a partir daí, crie uma boa estratégia para maximizar os rendimentos e para melhorar o acúmulo de recursos.
Fique de olho no investimento
Pode ser que, depois de fechar o seu plano, outra instituição de qualidade ofereça condições melhores. Isso pode vir na forma de taxas menos pesadas ou de condições facilitadas que não estão em seu plano.
Se isso acontecer, você tem o direito à portabilidade, sem ter que pagar o Imposto de Renda que incide no final do período, por exemplo. Sem custos e sem dificuldades, poderá aproveitar melhores oportunidades.
Porém, isso só será possível ao acompanhar as opções disponíveis no mercado. Portanto, não abra mão de ficar de olho no investimento e em alternativas semelhantes. Caso algo mais vantajoso surja, basta solicitar a portabilidade.
Comece o quanto antes
Existe uma verdade sobre a aposentadoria privada, independentemente do plano escolhido: quanto antes começar, melhor. Haverá um tempo maior para o acúmulo financeiro e o patrimônio construído será maior e mais considerável.
Depois de ter todos esses conhecimentos, portanto, você deve começar quanto antes. Isso vai favorecer os seus resultados e trará maior segurança quanto à complementação da aposentadoria.
Com o uso de uma boa aposentadoria privada ou previdência privada, é possível aumentar a segurança sobre o futuro e manter o seu padrão de vida atual. Por isso, investir desde já deve ser a sua opção para conquistar melhores resultados.
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