Provavelmente você me conhece somente por causa do mercado financeiro, em especial, investimentos.
Nada mais óbvio, pois este é meu trabalho e ocupa boa parte do meu dia a dia e a maior parte dos materiais que escrevo é sobre isto.
O que poucos sabem é que minha primeira formação é na área de marketing e eu nunca abandonei de fato este meu outro lado profissional. Me mantenho estudando, pesquisando e principalmente tentando aplicar em meus negócios.
Além disso, sou fascinado por empreendedorismo e criatividade (quase como uma conseqüência – veja artigo sobre o tema). Mas por que te falo tudo isso?
Estava estudando um material sobre finanças comportamentais e acabei caindo em outro estudo de como nosso cérebro procura economizar energia. Ele tenta encontrar caminhos de automatização que facilitem as decisões do dia a dia. Escovar os dentes, dirigir, comer são exemplos práticos que fazemos literalmente sem pensar. Mas seria possível associar método à criatividade?
Pois olhe só que interessante: Em 1999 um grupo de pesquisadores israelenses selecionou 200 comerciais premiados nos principais festivais mundiais de publicidade e estudou ponto a ponto. Chegaram a uma conclusão inusitada de que 85% deles seguiam um mesmo framework, ou seja, uma linha mestra por trás da mensagem.
Então fizeram o seguinte: separam 3 grupos de estudantes de publicidade e propuseram diferentes desafios:
- O primeiro grupo não recebeu nenhuma informação teórica e teve que criar três comerciais de 3 diferentes produtos. Na avaliação da convidada Focusgroup estas peças publicitárias criadas eram ruins.
- O segundo grupo recebeu aulas teóricas de processos e técnicas publicitárias para criação dos comerciais. Neste segundo caso a avaliação já foi positiva.
- O terceiro grupo não recebeu aulas teóricas, mas aqueles 85% de linha mestra identificados nos estudos geraram uma espécie de Template para criação da propaganda. Na verdade era um passo a passo, um método para ser seguido para criação daqueles comerciais.
Você já deve estar imaginando o resultado. Pois é, 75% dos entrevistados consideraram o terceiro grupo como o mais “criativo” e que produziram os melhores comerciais.
Eles não receberam a mesma preparação do segundo grupo, mas tinham um mapa para seguir.
Esta é uma discussão interessante, pois, em tese, se pode ser aplicado em uma das áreas que exige mais criatividade (publicidade), imagine em outras áreas como investimentos, modelos quantitativos, setups operacionais e métodos de investimentos.
Pensando nesta lógica e voltando ao papo das finanças queria ouvir de você se isto faz sentido. Será possível melhorar minha performance de investidor seguindo um método de terceiros? Será que um robô pode me ajudar a melhorar meus resultados?
Como sempre, aguardo sua opinião!!
Grande abraço.
P.S.: Gostaria que você desse uma olhada nesta vídeo aula do meu grande amigo Marcelo Sampaio proferida no último ConaRobô. Ela trata justamente de Trend Following e de modelos que costumam oferecer resultados surpreendentes. Este material é exclusivo aos Membros Diamante do ConaRobô, mas consegui “negociar” uma liberação com o Alexandre (risos).
P.S.2: Se quiser encontra mais materiais sobre o tema entre no menu “Aprender” no portal da Focalise.