Sempre que participo de algum Evento, onde um dos palestrantes é um grande empresário, via de regra as palestras são marcadas por uma “story telling” dos principais pontos da trajetória, que fazem sentido no contexto de realização do mesmo em sua jornada.
E mesmo que sejam indagadas para a audiência perguntas sobre o que aprendeu ou o que chamou a atenção, a percepção pessoal tende a ser diferente um a um. Até ai tudo bem. Nenhuma novidade.
Mas por que estou te falando isso? Neste final de semana, durante o Evento Anual que a XP promove para afiliados, parceiros, funcionários, gestoras e por ao vai, tive o prazer de ouvir, nada mais nada menos que Abílio Diniz (Ex-controlador do Pão de Açucar e atual presidente do conselho BR FOODS).
Abílio (até pareço intimo) tem uma trajetória longa e brilhante, o que o coloca entre os principais empresários de nossa historia e seria quase que um pleonasmo me referir à riqueza do que nos foi transmitido.
Mas aqui que entra a particularidade da percepção. Durante a seção de perguntas, uma pessoa o indagou sobre como uma pessoa já a beira de completar 80 anos tem projetos e energia que o motivam como se ainda estivesse em começo de carreira.
E para mim, o que mais marcou na palestra foi justamente esta resposta
“Para ser velho basta à cronologia, mas ser jovem é uma escolha. E eu escolhi permanecer jovem”.
E esta resposta não tem nada de pueril, no sentido de não aceitar a velhice e viver como seus netos. Mas na escolha de que ser empreendedor e continuar entregando valor à sociedade corrobora na manutenção de sua juventude. E aqui não tem nada a ver com dinheiro, pois provavelmente existem recursos para as próximas 5 gerações viverem sem produzir nada. Tem a ver com a energia e o propósito de se auto-desafiar o tempo inteiro.
Conheço pessoas que com 40 anos escolheram ser velhas, mesmo a cronologia as mantendo jovens. Pessoas que odeiam a segunda feira e passam a semana torcendo para sexta feira chegar. E este ciclo se repete semana a semana acelerando o ciclo de envelhecimento. Contam nos dedos quanto tempo precisam para a aposentadoria, mesmo não tendo muito claro o que farão quando ela chegar.
Lembro da leitura de um livro de Robert Kiyosaki (Jovem, rico e aposentado), onde o mesmo descreveu seu processo de aposentadoria aos 48 anos. Tem um capitulo inteiro sobre isso e o vazio que tomou conta da vida dele, mesmo o dinheiro não sendo mais preocupação.
Recentemente, a empresa da qual sou afiliado (XP Investimentos), produziu uma série de jovens milionários com a entrada de um grande fundo de equity. Os mesmos se aposentaram? Nada disto! Estão todos envolvidos em novos projetos e todos ligados a risco e empreendedorismo (um deles lhes apresentei neste entrevista semana anterior).
Tem uma poesia maravilhosa do poeta gaúcho Mario Quintana, que me serviu de inspiração para produzir a mensagem da Focalise de final de ano passado (caso queira conferir aqui), onde a parte que mais me chama a atenção é a seguinte:
Quando se vê, já são seis horas
Quando se vê, já é sexta feira
Quando se vê, já é natal
Quando se vê, já terminou o ano Quando se vê , passaram 50 anos
Agora é tarde demais para ser reprovado
Ouvir Abílio Diniz foi uma inspiração. A energia daquele “jovem” de 79 anos contaminou os corações de quase 2000 pessoas da platéia. Não tem como sair impune (no bom sentido) de um exemplo destes.
Pode parecer estranho o tema de hoje, mas minha proposição pessoal nestes encontros é justamente esta. Trazer inspiração seja de onde vier. Me inspirou profundamente e resolvi compartilhar.
Desejo que a espera da Segunda-feira seja uma alegria em sua vida e não um tormento.
E ainda me apoiando nos ombros gigantes de meu conterrâneo queria deixar esta mensagem
Na convivência, o tempo não importa. Se for um minuto, uma hora, uma vida. O que importa é o que ficou deste minuto, desta hora, desta vida – Mario Quintana
Espero que estes minutos até aqui tenha valido a pena!!
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