Ao mesmo tempo, são boas opções para fazer crescer o patrimônio. Com conhecimento e sangue frio, é possível obter ótimas rentabilidades — já que, quanto maior for o risco, maior tende a ser a recompensa.
Pensando nisso, vamos explicar melhor o que são investimentos de alto risco, falar sobre o que observar nesses casos e apresentar 7 aplicações com riscos elevados e grandes possibilidades para quem tem alta renda. Acompanhe!
Entenda o que são investimentos de alto risco
Risco e retorno são duas variáveis que costumam caminhar juntas. Pense, por exemplo, na poupança. O risco de aplicar na poupança é baixíssimo. Em compensação, ela rende muito pouco para o investidor e há períodos em que perde até mesmo da inflação.
Agora pense: por que alguém aceitaria correr algum risco para ganhar tão pouco? Ninguém, não é? A possibilidade de ganhar mais é, portanto, a recompensa que o investidor que aceita correr mais risco está buscando.
É por isso, por exemplo, que os Certificados de Depósito Bancário (CDBs) de grandes bancos costumam oferecer uma rentabilidade menor do que os dos bancos pequenos e médios. As chances de um grande banco quebrar são bastante remotas, enquanto nos bancos menores há uma possibilidade um pouco maior — ainda que pequena — de isso acontecer.
Vale lembrar que, embora ambos contem com a garantia do Fundo Garantidor de Crédito (FGC), se o banco falir, o investidor demora um pouco para receber o dinheiro de volta.
Por outro lado, no mercado de ações, por exemplo, pode-se ter prejuízos e até mesmo perder quase todo o valor investido — embora isso seja raro —, mas, em compensação, também não há limites para os ganhos. Quem nunca ouviu falar de alguém que ganhou muito dinheiro na bolsa de valores, não é mesmo?
Saiba como analisar os investimentos e reduzir riscos
Não é porque você optou por fazer um investimento de alto risco que todo o seu patrimônio financeiro está em jogo. Mesmo que você seja um investidor agressivo, que se sente confortável com o risco, nem todos os seus recursos devem estar em aplicações desta natureza.
Assim, é preciso sempre ter uma parcela da sua carteira alocada em aplicações mais seguras. Essa é a sua reserva de emergência, um valor com o qual você poderá contar se tiver qualquer imprevisto.
Além disso, mesmo entre os investimentos de alto risco, a diversificação ajuda a minimizar as chances de prejuízo da carteira como um todo. Isso porque cada tipo de investimento tem relação com determinadas variáveis.
Vamos ver um exemplo: imagine que você investiu em ações de uma empresa exportadora. Para ela, quanto mais desvalorizado o real em relação ao dólar, melhor. Assim os seus produtos ficam mais baratos no exterior e ela vende mais — tem receita em dólar e despesa em reais.
Contudo, ao mesmo tempo, você investiu em um fundo cambial, cujo desempenho está ligado ao dólar. Ou seja, quanto mais alto o dólar, melhor a performance do fundo. Dessa forma, qualquer que seja a variação do dólar, você vai ter um equilíbrio de perdas e ganhos.
Assim, dá para perceber que diversificar não significa simplesmente fazer múltiplos investimentos, mas escolher aplicações que respondam de forma diferente aos eventos da economia, de maneira a reduzir os riscos da carteira como um todo.
Conheça 7 investimentos de alto risco
Mesmo nos investimentos de alto risco, é possível fazer escolhas inteligentes e colher resultados com calma. A seguir você acompanha os principais meios de aplicar seu patrimônio com grandes chances de bons retornos.
1. Ações individuais de empresas
O mercado de ações, especialmente o investimento na Bolsa de Valores, traz muitas oportunidades. Você pode alocar seus recursos em ações de diversos empreendimentos e, para diminuir o risco, as escolhidas tendem a ser aquelas que oferecem boa segurança.
Porém, é possível mudar esse panorama e adotar um dos investimentos de alto risco. Nesse caso, pode-se recorrer às opções de negócios menos seguros, como as empresas novatas, as que atuam em mercados com muita flutuação ou as que passam por períodos de dificuldade.
O risco é proporcional à possibilidade de rentabilidade. Caso ocorra alguma valorização, é possível obter o retorno de forma prioritária e elevada.
Para aumentar as possibilidades — e não as garantias — de ganho, é viável apostar em ações individuais. Nesse caso, o investidor adquire as ações por conta própria em vez de participar de um fundo. Com isso, há menos taxas e a possibilidade de lucros mais altos.
Vale lembrar que os investidores de alta renda podem também aplicar nas bolsas de valores dos Estados Unidos, ampliando muito as suas possibilidades de sucesso. Para isso, o primeiro passo é abrir uma conta em uma corretora norte-americana e enviar a documentação exigida pela instituição.
2. Day trade
As operações de day trade são aquelas em que há um aproveitamento das flutuações de valores ao longo de um único dia. São operações de curtíssimo prazo e que, justamente por isso, tendem a ser mais arriscadas. Ao mesmo tempo, é uma excelente maneira de aproveitar condições específicas, como um pico de valorização que, em outros prazos, termina diluído.
A prática de day trade é especialmente conhecida quanto a ações. Nesse caso, o investidor compra a ação e revende, no mesmo dia, ao ocorrer a valorização. Com bastante entendimento e acompanhamento do mercado, há boas chances de lucrar com essa operação, além de garantir alta liquidez.
3. Investidor-anjo de startups
Nos últimos anos, o Brasil vem encarando uma explosão de startups. Pequenas, escaláveis e capazes de gerar alto valor, elas precisam de recursos para penetrar no mercado e se consolidar. O risco, porém, mora no fato de que um negócio como esse pode não vingar e jamais oferecer o retorno esperado.
Por outro lado, não são raros os casos de empresas que começaram assim e explodiram em lucros para seus investidores. O Airbnb, que hoje vale mais de 30 bilhões de dólares, começou dessa mesma maneira.
Ser um investidor-anjo é mais que apenas oferecer o dinheiro e também inclui contribuir com expertise e direcionamento da empresa rumo ao sucesso. Seu principal benefício, portanto, é que permite apoiar negócios inovadores ao mesmo tempo em que garante uma grande capacidade de retorno, dependendo da escolha para receber o aporte.
4. Contratos futuros
Os contratos futuros relacionam-se a commodities, que são compradas por um preço fixo e que podem ser vendidas pelo valor de mercado, ao final do contrato. É comum que o mercado futuro envolva produtos como petróleo e itens agropecuários.
Para entender melhor, considere que você compra uma determinada quantidade de barris de petróleo em um contrato futuro por um valor de 50 dólares. No encerramento do contrato, houve uma valorização, que levou o preço do barril para 100 dólares. Como é possível vender pelo preço de mercado, consegue-se uma excelente rentabilidade.
Porém, o risco é que pode haver uma desvalorização perto do encerramento do contrato. Com isso, você paga mais caro, vende mais barato e leva prejuízo.
Com uma boa análise, contudo, é possível fazer boas previsões de oferta e demanda, de modo a realizar um investimento com grandes chances de ter ótimos resultados.
5. Certificado de Operações Estruturadas (COE)
O Certificado de Operações Estruturadas (COE) é uma espécie de título centralizador que reúne diversos ativos, inclusive da renda fixa e variável. Seu retorno normalmente está anexado a índices, que podem ser nacionais ou internacionais.
De certa maneira, é como fazer um único investimento, mas com uma carteira bastante diversificada. Embora isso diminua os riscos em certo sentido, o valor não é garantido pelo Fundo Garantidor de Crédito (FGC).
Com isso, a entidade emissora do título pode quebrar e não retornar a rentabilidade e nem o dinheiro para os investidores. Além disso, a flutuação dos índices de mercado pode prejudicar a rentabilidade, especialmente em curto e médio prazo.
Porém, seu benefício é que, caso não haja um resultado adequado, o valor inicial é devolvido ao final. Com isso, não há riscos de prejuízos ou perdas reais.
6. Ofertas públicas
Uma oferta pública é utilizada por empresas para disponibilizar ativos e captar recursos para a sua atuação. Ou seja, os papéis podem surgir na forma de ações, cotas de fundos de investimento, ativos imobiliários e outras questões do tipo.
Se o processo acontece pela primeira vez, é chamado de Oferta Pública Inicial (IPO). Caso os recursos se destinem à própria empresa, é chamada de primária. Já se o capital for para acionistas ou cotistas vendedores, é secundária.
Os maiores riscos referem-se à atuação e aos resultados do próprio empreendimento, assim como as oscilações de mercado. Novamente, uma mudança positiva no setor pode impulsionar os ganhos, fazendo deste um dos ótimos investimentos de alto risco.
7. Câmbio
Para se proteger contra as oscilações do mercado internacional, uma boa possibilidade consiste em investir em câmbio. Nesse caso, há a compra de títulos (inclusive futuros) em dólar, euro, libra ou qualquer outra moeda desejada pelo investidor. Há, ainda, a opção de trading conhecida como FOREX, que é de curtíssimo prazo.
Com a valorização, há ganhos. Porém, esse é um mercado imprevisível e acontecimentos internacionais diversos são capazes de derrubar o valor da moeda, gerando prejuízos que precisam ser contemplados. O maior benefício, entretanto, é lidar com a relativa desvalorização do real, de modo a obter efeitos mais robustos em situações positivas.
Conhecendo esses investimentos de alto risco, é possível diversificar sua carteira e aumentar suas possibilidades de lucros. Portanto, avalie qual deles é mais vantajoso para você, estude o mercado e invista sem medo!
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