Para quem planeja começar a investir, uma questão muito importante diz respeito ao risco de cada aplicação. Se a ideia é ganhar mais dinheiro, entender bem os perigos concernentes a cada aplicação é um fator de sabedoria e precaução.
Afinal de contas, será que qualquer investimento pode ser mesmo tão arriscado? Em que consistem os chamados investimentos de risco moderado?
Para saber a resposta sobre essas e outras questões, leia o texto abaixo!
Existe algum investimento sem risco?
Qualquer investimento é praticado tendo como base os seguintes conceitos: a sua liquidez, a eventual rentabilidade e a segurança do aporte que se pretende fazer.
A liquidez e a rentabilidade de uma aplicação dizem respeito, respectivamente, à velocidade de resgate de determinada ação e à capacidade de retorno financeiro que ela tem.
Em contrapartida, a segurança mostra o risco inerente ao investimento, ou seja, qual a porcentagem de risco que o investidor se dispõe a sofrer por dada remuneração. Desse modo, é importante saber que todo investimento tem mais ou menos risco, porém nenhum é inteiramente seguro.
O tripé dos investimentos funciona de forma compensatória. Por exemplo, se você investir na bolsa de ações é mais arriscado, mas também é um investimento com maiores chances de rentabilidade que a renda fixa. Da mesma forma, investir na poupança é mais seguro, mantém rentabilidade baixa e alta liquidez.
O que torna um investimento mais seguro do que os outros?
Todo investimento está suscetível a riscos dentro e fora do mercado atuante. Por exemplo, uma crise financeira pode abalar facilmente algumas iniciativas, enquanto outras nem tanto.
Se tomarmos como exemplo o Tesouro Direto, hoje em dia o investimento considerado mais seguro, podemos entender essa diferenciação. No Tesouro Direto, o investidor faz negócios com o governo federal. Assim, ele empresta determinada quantia para o governo, que posteriormente pagará o valor acrescido de juros.
Quem investe em títulos especulativos, por outro lado, aposta sobre o valor de mercado de determinadas ações, cujos frutos e prejuízos serão determinados pelas mesmas oscilações do mercado.
Desse jeito, caso haja uma grande recessão, é muito mais fácil que o governo federal honre suas dívidas, em vez daquelas empresas. Por isso, consideram-se investimentos atrelados ao governo como mais garantidos do que aqueles que envolvam as instituições financeiras e outras pessoas jurídicas.
A segurança do investimento está diretamente amarrada às influências externas e internas que aquela aplicação pode sofrer, e quais sejam as chances de que o investidor não saia no prejuízo.
Qual é o papel dos investimentos de risco moderado?
O supramencionado “tripé dos investimentos” funciona de maneira equivalente. Assim, um investimento mais rentável pode ser menos seguro ou ter mais baixa liquidez.
Os chamados investimentos de risco moderado, por sua vez, procuram encontrar um ponto de equilíbrio entre todos aqueles aspectos. Assim, esses fundos não são demasiadamente perigosos, uma vez que tendem a contrabalançar investimentos mais ou menos seguros.
Sua escolha deverá se pautar na rentabilidade e visão da liquidez de cada opção, dentro do rol de investimentos de risco moderado.
Como escolher a melhor opção?
A escolha de cada ação vai depender, primeiramente, do perfil do investidor porque, a depender da pessoa, há maior tolerância aos riscos.
Da mesma forma, existem pessoas que preferem investimentos mais arriscados, uma vez que podem gerar maior rentabilidade, mas essa é uma atitude a ser muito pensada e planejada.
Os investimentos de risco moderado, por outro lado, são uma ótima forma de começar a se aventurar nesse novo universo financeiro. Eles fazem um equilíbrio entre risco, rentabilidade e liquidez de determinado investimento. O investidor poderá encontrar algo que traga a sensatez que vem procurando no mercado.
Muitas pessoas acabam tendo a falsa impressão de que, por terem menor rentabilidade, os investimentos mais seguros não sejam tão bons quanto outros. No entanto, essa não é a realidade. E vale dizer que existem diversas opções de investimentos de risco moderado. Logo, há também várias taxas de remuneração e rentabilidade.
Se você não quer se arriscar, principalmente logo de primeira, em uma aplicação que tem altas chances de causar danos financeiros, o risco moderado pode ser uma grande ideia. É importante pesquisar os mais diversos tipos e saber bem quais são as suas prioridades na hora de investir.
Não se esqueça de que, após investir seu capital, o trabalho não acabou. Será imperativo ficar de olho na movimentação do mercado, principalmente para ações de maior risco, a fim de saber quais são as suas tendências.
Quais são os investimentos de risco moderado?
Para escolher bem o seu investimento de risco moderado, vale a pena conhecer suas opções. Veja abaixo os principais investimentos disponíveis para os investidores:
Fundos imobiliários
Os Fundos Imobiliários (FIIs) são formados por grupos de investidores com o objetivo de aplicar recursos em todo o tipo de negócios de base imobiliária, seja no desenvolvimento de empreendimentos imobiliários ou em imóveis prontos, como edifícios comerciais, shopping centers e hospitais.
Do patrimônio de um fundo podem participar um ou mais imóveis, parte de imóveis, direitos a eles relativos, entre outros.
O objetivo é conseguir retorno pela exploração de locação, arrendamento, venda do imóvel e demais atividades do setor imobiliário.
Esses fundos, normalmente, possuem sua gestão feita por equipes especializadas, que procuram obter a melhor rentabilidade seja com aluguéis e/ou com a valorização do imóvel.
O investimento em cotas de FIIs, apesar de ter maior estabilidade do que no mercado do que as ações, é considerado de risco moderado. Ao contrário do que muita gente pensa, não estamos falando de renda fixa.
Os riscos começam a apresentar-se quando um inquilino não paga o aluguel mensal, quando ele deseja retirar-se do imóvel ou ainda quando aquela área do empreendimento começa a desvalorizar-se. Estes fatores podem levar à queda do valor da cota que é negociada na Bolsa de Valores, fazendo com que o investidor possa perder partes do seu valor aplicado.
Debêntures
São títulos de crédito emitidos por empresas de vários ramos, com o objetivo de financiar investimentos, “rolar” dívidas, fornecer capital de giro, entre outros.
No momento da aplicação é definida a rentabilidade que o título pagará ao investidor, podendo ser pré-fixada, % sobre o CDI, como também indexada a inflação + taxa de juros fixa. É bom lembrar que esta rentabilidade será exatamente assim caso o investidor mantenha aquele título até a data de vencimento do mesmo. Caso seja necessário uma saída de forma antecipada a rentabilidade irá modificar, podendo ser maior ou menor daquela estabelecida inicialmente. Acontece exatamente assim também quando falamos em rentabilidade do Tesouro Direto.
Outro fator que precisa ser avaliado é a solidez da empresa da qual se está comprando as debêntures, pois, em grande parte das vezes ela mesma é a garantia dos títulos. Sendo assim, o investidor depende do bom andamento dela para que suas debêntures sejam honradas.
CDBs, LCAs, LCIs, LCs
Estas são aplicações de renda fixa onde o investidor está protegido, pois as instituições que emitem estes títulos são credenciadas ao Fundos Garantidor de Crédito (FGC). Este mecanismo de segurança faz com que as aplicações em valor de até R$ 250.000,00 por CPF em cada instituição sejam honradas mesmo nos casos em que aquela instituição na qual foi aplicado o valor venha a “falir”.
Onde está o risco? Ele está visível quando o investidor aloca mais de 250mil em uma instituição que emite aquele título.
O que fazer? Calcular para que o valor aplicado + os rendimentos até o final da aplicação fiquem dentro do valor de R$ 250.000,00.
Fundos multimercados
Os fundos multimercados também são uma boa ideia para quem procura um investimento de risco moderado.
Neles, existe a criação de uma extensa carteira de investimentos: ao contrário dos outros fundos, que são interligados a determinado setor, os fundos multimercados podem investir nas mais diversas áreas.
A diversificação de uma carteira é uma das características mais relevantes na hora de fazer o seu dinheiro render. Assim, a flexibilidade promovida pelos fundos multimercados traz a chance para o investidor maximizar os ganhos com suas aplicações, de renda fixa ou variável.
Os investimentos de risco moderado podem ajudar a vida de muitos investidores que têm medo de perder seus recursos.
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