Prejudicado por superstições e pelo tabu que a morte representa no núcleo familiar, o seguro de vida foi equivocadamente visto durante décadas como produto de mau agouro no Brasil.
O resultado dessa desinformação é simplesmente devastador: todos os anos, milhares de brasileiros ficam desamparados (afetiva e financeiramente) em função de alguma tragédia familiar. Isso sem falar no desespero de quem, de um dia para o outro, é impedido de trabalhar por algum problema de saúde que resulta em invalidez.
No entanto, a população finalmente parece começar a conscientizar-se de que ter um seguro de vida é precaução. Em 2016, enquanto o PIB recuava 3,6%, o mercado de seguros crescia 9,2%, impulsionado, sobretudo, pelo seguro de vida resgatável, cuja procura aumentou impressionantes 93% apenas nos primeiros 9 meses do ano.
Neste artigo você entenderá por que esse seguro se transformou na menina dos olhos do brasileiro. Vale a pena conferir, pois pode ser que você descubra que também precisa adquirir essa proteção financeira imediatamente!
Boa leitura!
O que é um seguro de vida resgatável?
O seguro de vida resgatável é uma modalidade moderna de seguro de vida, que garante resgate do valor investido em caso de morte ou invalidez (como os produtos tradicionais), mas que também possibilita a recuperação do montante aplicado (corrigido e com juros) ainda em vida, em caso de necessidade.
Ou seja, trata-se de um produto ambivalente, uma mistura entre proteção familiar e investimento. Assim, ele tem representado uma alternativa interessante para muitas famílias que não viam no seguro de vida tradicional uma opção de aplicação.
O seguro de vida já conhecido no mercado envolve reenquadramentos periódicos, o que pode fazer com que os valores pagos todos os meses aumentem de forma considerável ao longo do tempo.
Além disso, a necessidade de ter o seguro (para amparo da família) em consonância com um investimento (para resgate em caso de imprevistos) também desestimulava algumas famílias a adquirir esse produto. O seguro de vida resgatável, no entanto, corrige todas essas questões.
Esse seguro paga uma indenização em caso de morte ou invalidez, mas, caso o segurado desista da apólice no meio do caminho, poderá recuperar parte do dinheiro aplicado — desde que seja respeitado o período de carência de 24 meses.
Como funciona essa modalidade de seguro de vida?
À medida que o tempo de contribuição aumenta, cresce também a margem de resgate. Em 10 anos, por exemplo, você consegue resgatar o montante total aportado. Além disso, o valor retorna já com a rentabilidade definida em contrato.
O funcionamento do seguro de vida resgatável se dá da seguinte forma: parte da parcela que você paga vai para um fundo de resgate. Esses valores são corrigidos a uma taxa fixa anual (por exemplo, 4% ao ano) + variação da inflação (medida pelo IPCA).
Não bastasse esse ajuste, como parte desse capital costuma ser investido em aplicações de baixo risco, há uma grande possibilidade de geração de excedente financeiro que, evidentemente, é repassado a você.
Com toda essa sistemática de rentabilidade, ter um produto desse porte — que protegerá sua família em caso de falecimento e oferecerá amparo a você mesmo em caso de invalidez (e que ainda pode ser resgatado na ausência de sinistro) — tornou-se sinônimo de planejamento familiar inteligente.
Vejamos alguns outros detalhes acerca dos benefícios desse seguro.
Vantagens de ter um seguro de vida resgatável
1. Fusão entre proteção familiar e investimento
Embora esse tipo de seguro não se proponha a ser um investimento (mas uma proteção familiar), o modelo de rentabilidade da versão resgatável faz com que os pais possam acumular capital para financiar os estudos de seus filhos no futuro. Tudo isso sem deixar de lado as proteções do seguro de vida tradicional.
Vale a pena destacar que as coberturas desse seguro vão muito além da indenização em caso de falecimento ou invalidez. Há apólices que preveem atualmente indenização em caso de diagnóstico de doença grave, cobertura de despesas médicas, hospitalares, odontológicas e até mesmo seguro-viagem permanente.
Agora imagine conciliar tudo isso com um fundo resgatável em vida? Incrível, não?
2. Manutenção do equilíbrio dos valores mensais ao longo dos anos
No seguro de vida tradicional, as parcelas geralmente são ajustadas e corrigidas em faixas de enquadramento progressivas de acordo com a idade do segurado. Essa estrutura pode fazer com que, no momento em que mais necessite, o contratante não consiga mais permanecer com o produto.
O problema é que, se o seguro não for resgatável, todo o esforço financeiro de anos pode ser comprometido. O seguro de vida resgatável não apresenta esse tipo de situação.
3. Personalização da proteção segundo as necessidades e o perfil do segurado
Um pai de família que tenha acabado de ter um filho tem necessidades bem diferentes de um profissional que trabalha exposto diariamente a algum risco de morte. O mesmo vale para um jovem, solteiro e sem qualquer reserva de emergência em relação a um homem de 40 anos, com filhos em idade universitária e algum patrimônio acumulado.
Valor da indenização, prêmio a ser pago todos os meses, coberturas envolvidas, forma de recebimento do benefício (de uma única vez ou por meio de renda mensal)…
A configuração do seu seguro de vida deve ser personalizada a fim que o produto gerado esteja alinhado aos seus reais interesses. Um seguro de vida resgatável é personalizado, moldado ao seu estilo de vida e às necessidades da família.
4. Amplitude dos valores passíveis de contratação
A amplitude do capital a ser segurado é uma das grandes virtudes desse tipo de amparo. Os preços também são bastante democráticos, variando em até 700% a depender do conjunto de coberturas escolhidas.
5. Separação do inventário e isenção de imposto de renda e ITCMD
O artigo 794 do Código Civil é claro ao declarar que o seguro de vida não é considerado herança, o que assegura a entrega dos valores com rapidez (sem depender de ação judicial), bem como a liberação do pagamento de Imposto sobre Transmissão Causa Mortis (ITCMD).
O seguro de vida também não está suscetível ao pagamento de eventuais dívidas deixadas pelo segurado e é um dos poucos produtos de proteção financeira do mercado isento de Imposto de Renda.
6. Facilidade de pagamento do benefício a qualquer pessoa indicada pelo segurado
A escolha dos beneficiários é livre e a substituição deles pode ser feita facilmente quantas vezes o contratante desejar. Essa é uma vantagem de qualquer seguro de vida e que, evidentemente, a versão resgatável também proporciona.
Por todas essas razões, o seguro de vida vem crescendo a passos largos no Brasil, embora ainda estejamos distante de países desenvolvidos. Enquanto nos Estados Unidos, 65% da população possui algum tipo de apólice de seguro de vida, no Brasil, apenas agora estamos perto dos 20%.
Com essas novas formatações e com a maior conscientização do brasileiro sobre a importância do produto, entretanto, a tendência é que dentro de alguns anos esse percentual seja dobrado.
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