Talvez essa seja uma das notícias mais relevantes para o mercado nos últimos tempos. O “centrão” declarou seu apoio ao candidato tucano Geraldo Alckmin.
Esse movimento levou meses. O famoso bloco de parlamentares, que possui uma parcela relevante de cadeiras no congresso e que é muito desejado por ser a chave para que o próximo presidente tenha “governabilidade”, transitou por vários cenários de coligações.
Essa flutuação política flertou com a centro-esquerda, com a centro-direita e com uma candidatura própria. O movimento, aos olhos de muitos analistas, parecia óbvio (o acordo com Alckmin), mas se alongou por um período de tempo muito maior do que o esperado.
Isso me remeteu a uma situação análoga a que venho presenciando atualmente.
Para mim e para muitos colegas que atuam no mercado financeiro, achamos óbvio ocorrer uma migração da poupança para ativos mais rentáveis no mercado de capitais.
Um movimento que deveria ser natural e, de certa forma, numa dinâmica mais rápida do que a atual. Na verdade, vem sendo tão lenta quanto a decisão do “centrão”.
Da mesma forma que o bloco político, a poupança possui uma participação muito representativa no seu campo de atuação. Segundo dados do Banco Central, o saldo líquido da poupança (até a presente data) é de, aproximadamente, R$ 760.000.000.000,00.
Um volume “monstruoso” de recursos, que poderiam estar sendo direcionados para atividades produtivas (via ativos de crédito para empresas), gerando otimização nos recursos tanto por parte dos investidores quanto por parte dos tomadores dos recursos.
Mas Mateus, se existem formas mais rentáveis do que a poupança e muitas tão seguras quanto ela, porque essa mudança ainda está lenta?
Costumo dizer que o brasileiro é um Titanic. Ele visualiza um problema, demora a tomar uma decisão e quando decide, sua estrutura emocional é tão enraizada em “pré-conceitos” estabelecidos há tanto tempo, que sua reação ao ver o iceberg é tão lenta que o choque se torna inevitável.
Muitos acabam afundando junto com a poupança e nem percebem.
Claro que a insistência em permanecer nesse tipo de aplicação pode ser creditado pela falta de informação, que é o grande alicerce para a insegurança na hora de pensar em uma mudança.
Nós da Focalise, defendemos a bandeira do investimento com conhecimento. E para você que ainda não “criou” a coragem suficiente para sair da poupança, segue uma sugestão de leitura que pode ser inspiradora: Jornada do Investidor: Tudo o que você precisa saber.
Uma leitura agradável e que irá te ajudar a formar um mindset de investidor de sucesso.
O “centrão” já tomou a sua decisão e seguiu o caminho que era esperado. E você, vai demorar muito para fazer o mesmo?
Grande abraço e até a próxima!