Como não há grandes investimentos em educação financeira no Brasil, a maioria dos casais não se preocupa muito em acumular patrimônios quando jovem, deixando para fazer isso mais tarde. O amadurecimento e as próprias experiências de vida vão formando essa consciência e, com o tempo, os investimentos se tornam prioridade. O problema é que, a essa altura, já não há margem para erros.
Por isso, o recomendável é que se comece o quanto antes e que esse processo envolva o parceiro ou a parceira no projeto. Para ajudar você com isso, listamos abaixo os principais erros a serem evitados no caminho. Então, aproveite a leitura!
Por que é importante ter um planejamento financeiro a dois?
A partir do momento em que você casa, passa a viver junto com seu parceiro ou sua parceira ou forma uma família, deve mudar o comportamento em relação ao dinheiro. Você não precisa mesclar as finanças, mas também não pode mais pensar de forma individual. Afinal, de que adianta desenvolver um planejamento econômico de longo prazo se o outro não compreender as metas e não colaborar para alcançá-las?
O ideal é que você inspire o(a) cônjuge a participar do seu projeto, demonstrando os benefícios do esforço ao longo do tempo. Quando há engajamento, ambos se empenham e as chances de alcançar o objetivo antes do prazo são bem grandes.
Quais erros devem ser evitados quando estiver construindo riqueza?
Por falta de conhecimento e experiência, alguns erros comuns são cometidos por quem deseja construir riquezas. Conheça os principais e lute com força contra eles para ter sucesso com o seu planejamento!
1. Abandonar o projeto com o tempo
Um hábito comum das pessoas é abandonar o planejamento diante da primeira dificuldade e esquecer dele ao longo do tempo. Esse é um erro terrível, pois quando o casal retomá-lo no futuro pode se arrepender de não o haver seguido à risca. Para evitar esse erro, busque conhecimento para enxergar as dificuldades por vários ângulos. Muitas vezes, descobrirá que não se trata de algo tão complexo.
Outra dica importante é estabelecer metas e objetivos de curto, médio e longo prazos, reservando parte do capital atingido para liberar pequenas premiações ao casal. Isso vai motivá-los a continuarem firmes no planejamento, o que pode resultar em um acúmulo maior e mais rápido de riquezas.
2. Não dividir as responsabilidades
Como dissemos, as finanças do casal podem continuar separadas por questão de privacidade, mas ambos devem ter a sua parte de responsabilidade no planejamento econômico, colaborando ativamente para o sucesso dele.
Por exemplo: as contas de luz, telefonia, internet, água e saneamento, bem como as compras de supermercado, devem ter os valores divididos proporcionalmente ao que cada um consome e ao que cada um ganha. Se um dos dois ficar sem renda por um tempo, deve participar do planejamento ganhando uma meta de redução de consumo dos recursos.
Isso deve fazer com que o casal se empenhe em economizar mais, o que acaba contribuindo para um acúmulo maior de recursos em cada mês.
3. Não ter um planejamento
Sem um planejamento, você não consegue descobrir quanto ganha e quanto gasta com exatidão. Além disso, sem essas informações, fica difícil traçar metas e persegui-las. Por isso, use uma planilha eletrônica ou aplicativo de bolso para controlar as suas contas e a do parceiro ou parceira, listando todos os ganhos e despesas mensais rigorosamente.
Com base nisso, estabeleça objetivos em conjunto para vocês aumentarem as receitas e reduzirem os gastos paralelamente. Depois, criem metas para sobras mensais e investimentos, acompanhando semanalmente os resultados. O planejamento é o que dará um direcionamento para o seu projeto, servindo como um guia a ser seguido por ambos.
4. Gastar mais do que recebe
Outro erro grave que precisa começar a ser combatido imediatamente é gastar mais do que se ganha. Geralmente isso acontece com quem não tem uma boa noção de quanto realmente recebe e/ou tem problemas com a impulsividade. Essa é uma receita para o endividamento descontrolado.
Para evitar que isso aconteça com você e seu cônjuge, passe a pensar de forma lógica diante das oportunidades de compra. Ou seja, substitua a emoção (vontade), que vive buscando uma desculpa para justificar o gasto, pela razão, perguntando sempre se você realmente precisa daquilo no momento. Pode parecer simples, mas muitos casais não têm esse hábito. Comece a fazer isso ainda hoje e verá como pode economizar a dois.
5. Não manter boa comunicação
A comunicação é fundamental para se ter um planejamento financeiro eficiente. Muitas vezes, você pode realizar uma compra sem consultar o parceiro ou a parceira e prejudicar o orçamento por um longo período, assumindo parcelas que não foram programadas.
Por isso, o ideal é que toda compra seja discutida pelo casal e cuidadosamente planejada para não afetar o orçamento geral. Até mesmo os presentes de natal devem ser discutidos: por exemplo, vocês podem estabelecer um valor limite para cada um gastar.
6. Definir metas irreais
No início, a euforia pode ser grande e o desejo de alcançar grandes patrimônios com rapidez pode atrapalhar o planejamento, exigindo esforços descomunais. Cortes drásticos e metas muito altas logo de cara não são recomendáveis, pois o casal pode não conseguir atingi-las e ficar desmotivado, chegando até mesmo a abandonar o projeto.
Portanto, estabeleça metas pequenas para as receitas e despesas no início e eleve os níveis conforme a facilidade em alcançá-las. Isso vai impulsionando a evolução dos resultados aos poucos e motivando os dois no decorrer do processo.
7. Abusar do crédito
Muitos casais vivem pagando parcelas do cartão de crédito, realizando empréstimos para quitar dívidas e sustentar um padrão de vida que não podem bancar, além de se afundarem no cheque especial. Essas pessoas vivem para pagar dívidas somadas aos juros altos cobrados pelos serviços contratados nos bancos e financeiras. Nesse caso, o casal acumula passivos em vez de ativos.
O crédito deve ser, sim, utilizado, mas de forma consciente e inteligente. Por isso, o princípio de tudo deve ser o planejamento para a quitação de todas as dívidas ou, pelo menos, das mais importantes. Só assim você poderá começar a acumular riquezas a dois.
Se você comete ou já cometeu alguns desses erros, use-os como experiência para não repeti-los. Afinal, errar faz parte do aprendizado. Então, passe esse conhecimento adiante. Compartilhe as suas experiências com o parceiro ou parceira, crie engajamento e mantenha-se alinhado com o projeto enquanto vai construindo riqueza.
E você, o que faz para evitar esses erros e acumular riquezas a dois? Conta para a gente nos comentários!