Caros leitores, gostaria de fazer um desabafo…
Como todos sabem ou acredito que devam ter percebido, sou fascinado por economia. Adoro o debate, a troca de ideia e o aprendizado que uma boa conversa pode nos proporcionar.
Todavia, falar de economia, no Brasil, sem misturar com política é uma árdua tarefa, quase que impossível de se alcançá-la. Esse é o ponto de partida do meu desabafo.
Explico:
O acirramento ideológico, que a partir de março 2013, começou a tomar conta das conversas com familiares, amigos, vizinhos atingiu uma magnitude nunca antes vista na história desse país.
Aqui no Rio Grande do Sul, o maior embate costumava ser entre Colorados e Gremistas. Agora passou a ser entre “coxinhas” e “PTralhas”. Na pátria de chuteiras, a política vem assumindo a vanguarda das discussões.
Até pouco tempo, domingo era considerado o “dia sagrado” para o futebol. A partir do próximo, muitos desviarão sua atenção para o TRF-4 de Porto Alegre, principalmente na “escalação” do plantonista.
Enfim, o desabafo:
E tudo isso para quê? Qual o propósito desse embate? Em que estamos evoluindo como sociedade e como país?
Confesso que a mim não fica claro. Confesso, também, que estou me cansando disso.
Como falei no início, gosto de um debate, mas desde que ele seja produtivo, que permita um amadurecimento do conhecimento e não a deterioração (ou “derrota”) de um dos lados.
Recentemente, em sua palestra realizada em Novo Hamburgo, o ex-Ministro da Fazenda e ex-Presidente do Banco Central, Pedro Malan, fez uma crítica muito parecida com o tema e com a qual me identifiquei muito.
Na medida em que ele ia colocando o seu ponto de vista sobre o país, sempre com muita inteligência e com muito discernimento, em momento algum fez menção a qualquer “lado” dessa dicotomia atual.
Pelo contrário, comentou que deveríamos olhar para os nossos problemas de maneira prática, sem paixões e sem ideologismos. Definitivamente, um cidadão diferenciado.
Todavia, para atingirmos um nível “Pedro Malan” de serenidade intelectual, tornam-se necessário muitas horas de “bumbum sentado na cadeira” estudando.
Nós da Focalise compartilhamos dessa estratégia, sempre buscando o conhecimento como principal ferramenta para ter clareza na hora de destinar os seus recursos para os melhores investimentos, sem vieses nem paixões, mas com clareza e sabedoria.
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