Com as recentes e sucessivas quedas na taxa básica de juros da nossa economia, as tradicionais aplicações de renda fixa vêm perdendo espaço na preferência de muitos investidores. O Tesouro Direto, por exemplo, tem registrado aumento na retirada de recursos nos últimos meses, superando a emissão de novos títulos.
A queda no rendimento dessas aplicações faz com que esses investidores voltem suas atenções a oportunidades mais atrativas para o atual momento econômico. E os ETFs (Exchange Traded Funds) estão entre esses investimentos considerados a bola da vez.
Quer saber mais sobre essa novidade? Então, continue lendo este post para entender o que é ETF e como iniciar os seus investimentos!
Mas, afinal, o que são ETFs?
Os Exchange Traded Funds são excelentes opções para quem busca a diversificação da carteira de investimentos, mirando maiores rendimentos e custos reduzidos. Apesar de ser ainda pouco conhecida entre os brasileiros, esse tipo de aplicação é muito popular em diversas economias do mundo.
Um ETF funciona como um fundo de investimentos que utiliza como referência determinado índice econômico. Dessa forma, os rendimentos dependem diretamente do desempenho do referencial, podendo resultar em ganhos ou mesmo em desvalorização.
Também chamadas de fundos de índice, os ETFs têm suas cotas negociadas na bolsa de valores. Como é formada por ações e títulos fracionados de diversas empresas, essa aplicação permite a diversificação da carteira de investimentos de uma maneira prática, sem a necessidade de realizar aplicações individuais em cada papel.
Essa é uma maneira prática e descomplicada de iniciar os seus investimentos no mercado de ações, que oferece possibilidades de ganhos muito mais atrativos.
O que preciso fazer para investir em ETF?
Quem já tem familiaridade com a plataforma home broker não vai ter dificuldades na hora de comprar cotas de ETF. Mas, se você é novo no mundo dos investimentos, o primeiro passo é abrir sua conta em uma corretora de valores de confiança.
No Brasil, os ETFs são negociados pela BM&F Bovespa, e o processo de compra e venda é idêntico ao de ações tradicionais. Basta selecionar o papel desejado, a quantidade e o preço para cada cota.
Quais são os principais tipos de ETF?
Mesmo sendo um investimento ainda pouco difundido por aqui, já existem papéis que vêm apresentando bons resultados aos seus investidores. Um deles é o BOVA11, que acompanha o índice Ibovespa – o mais popular dos indicadores da nossa bolsa de valores.
Referenciado pelo índice Brasil, o BRAX11 é composto pelas cem ações mais negociadas na bolsa e também é uma das opções que merece destaque. Já o PIBB11 se baseia no índice Brasil-50, que remunera o investidor de acordo com o desempenho das cinquenta maiores empresas da bolsa.
Também é possível investir em ações de empresas com bom histórico de pagamento de dividendos com o DIVO11, ou mesmo em companhias menores que apresentam boas perspectivas de crescimento adquirindo uma cota do SMALL11.
No site da BM&F Bovespa é possível encontrar uma relação com todas as ETFs disponíveis. Você ainda confere as principais característica de cada opção, o que ajuda a escolher o investimento que mais tem a ver com o seu perfil.
Quais as vantagens desse tipo de investimento?
Não é à toa que o investimento em ETFs ganha mais popularidade a cada dia. Afinal, ele apresenta diversas vantagens que não seriam possíveis de outra maneira.
Como já dissemos, a principal delas é a possibilidade de diversificar seus investimentos de uma maneira fácil. E essa característica também permite que os custos envolvidos sejam reduzidos, por se tratar de uma única operação.
A partir de R$ 200,00 já é possível adquirir uma cota de ETF e acessar uma grande variedade de ações do mercado. Em comparação com os fundos de investimento tradicionais, os custos de administração também são reduzidos, girando entre 0,2% e 0,8% ao ano.
O investimento em ETFs também se destaca pela transparência, já que as informações sobre a composição das carteiras são amplamente divulgadas. Assim, é possível saber exatamente em que se está investindo.
E quanto aos riscos envolvidos?
Analisar os riscos também é fundamental para quem pensa em aplicar em ETF, afinal, estamos falando de um investimento de ganhos variáveis. Isso significa que esses papéis são mais voláteis, já que estão intimamente ligados ao movimento do mercado financeiro.
Isso faz com que esse negócio seja indicado para quem tem certa tolerância a tais variações e que pretende manter o investimento por períodos mais longos.
Também é preciso estar atento ao risco de liquidez, já que nem todos os papéis possuem um alto volume de negociações. Quem procura retornos em menos tempo deve optar pelos mais populares, como o BRAX11 e o BOVA11.
Qual é a diferença entre ETFs e fundos indexados?
Por compartilharem algumas semelhanças, é comum que muitos acabem confundindo ETFs com fundos indexados. No entanto, existem diferenças fundamentais entre esses dois tipos de investimento.
Apesar de ambos se referenciarem por um indicador econômico, os fundos indexados não são negociados em bolsas de valores. A gestão desse fundo também é mais complexa, pois é preciso um intenso trabalho de compra e venda de ações para que se consiga acompanhar o índice.
Por outro lado, por serem negociados na bolsa, os papéis de ETF acompanham o índice referencial de maneira praticamente automática. Isso reduz os esforços e, principalmente, os custos relacionados à gestão do fundo.
Outra diferença é que, nos fundos indexados, a variação de preço das cotas é diária. Em ETF, a cotação acontece em tempo real, com valores sendo atualizado ao longo de todo o dia.
Em tempos de queda da taxa de juros e expectativa de reaquecimento econômico, o investimento na bolsa de valores se torna um negócio muito mais atrativo. E os ETFs podem ser a sua porta de entrada para esse mercado que promete excelentes rendimentos para os próximos anos.
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