Confira 4 motivos para não deixar o seu dinheiro na poupança!
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Confira 4 motivos para não deixar o seu dinheiro na poupança!

dinheiro na poupança
Escrito por Focalise

Guardar dinheiro na poupança é um hábito centenário no Brasil. Por isso, quando se trata de fazer alguma aplicação para crescer a renda, muita gente tem a caderneta como a primeira e, muitas vezes, única opção.

Embora quem faça isso aja de forma preventiva, gastar menos do que ganha para ter uma sobra de recursos para o futuro pode, na verdade, gerar prejuízos no longo prazo sem que a pessoa sequer perceba.

Na prática, ela deixa de receber mais do que poderia, sem precisar correr riscos adicionais. Com o passar do tempo, a diferença do rendimento da poupança em comparação a outras aplicações tão seguras quanto ela pode ser significativa conforme o patrimônio do indivíduo.

Para evitar isso, confira a seguir quatro razões pelas quais você não deve deixar seu dinheiro na poupança!

1. Baixa rentabilidade

Muitas pessoas pensam em juntar dinheiro enquanto estão profissionalmente ativas, para poderem aproveitar uma aposentadoria tranquila após a saída definitiva do trabalho. No entanto, quem deixa a quantia guardada na caderneta de poupança pode ter uma surpresa negativa quando precisar utilizar os recursos.

Isso ocorre devido à baixa rentabilidade desse tipo de aplicação. Para você ter uma ideia disso, hoje, no Brasil, existem duas regras que definem o rendimento da caderneta. Em ambos os casos, os depósitos são remunerados pela chamada Taxa Referencial (TR), que constitui um retorno básico desse ativo.

Já a remuneração adicional pode variar conforme o desempenho da taxa básica de juros (Selic), a qual é estabelecida a cada 45 dias pelo Comitê de Política Monetária (Copom), órgão vinculado ao Banco Central do Brasil (Bacen).

Se a meta da taxa Selic for maior do que 8,5% ao ano, a remuneração adicional da poupança será de 0,5% ao mês. Contudo, se o alvo da taxa ficar abaixo ou igual a 8,5% ao ano, a outra parte do rendimento da caderneta será de 70% da meta da Selic mensalizada.

Só para você ter uma ideia de como essa rentabilidade é baixa, os títulos públicos do Tesouro Selic rendem integralmente essa taxa. Além disso, outros ativos de renda fixa, como os Certificados de Depósitos Bancários (CDB), também entregam retornos iguais ou até superiores à porcentagem da Selic.

No caso dos títulos públicos, tais ativos são garantidos pelo Tesouro Nacional, o que, por si só, representa baixo risco para o investidor. Já algumas aplicações de renda fixa, como o CDB, têm cobertura do Fundo Garantidor de Créditos (FGC), para ressarcir o poupador caso ocorra falência ou liquidação extrajudicial do banco que comercializou o ativo.

2. Não reposição da inflação

Um dos principais motivos para não deixar seu dinheiro na poupança é justamente o fato de a caderneta nem sempre compensar a perda da inflação. No Brasil, o principal indicador da variação de custos é o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que é divulgado a cada mês pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Enquanto a rentabilidade de qualquer investimento faz o capital da pessoa crescer de modo nominal — ou seja, a quantia expressa em reais fica sempre maior —, a inflação age justamente para diminuir o valor do patrimônio.

Contudo, é preciso deixar claro que o efeito inflacionário não tira recursos de qualquer investimento, isto é, o valor nominal será o mesmo, o que ocorre é a perda do poder de compra da moeda. Assim, com uma inflação de 10% ao ano, se antes a pessoa podia comprar 10 unidades de um produto a R$ 10, doze meses depois, com a mercadoria a R$ 11, só seria possível adquirir nove unidades do item.

E o que isso tudo tem a ver com o dinheiro na poupança? Na verdade, em muitos anos, como em 2015, o rendimento da caderneta não foi suficiente para sequer cobrir a inflação, afinal, naquela ocasião o IPCA ficou em 10,67%, enquanto a poupança rendeu apenas 8,15%. Quando isso ocorre, fala-se que houve perda real no patrimônio. Caso contrário, o ganho seria real, ou seja, acima da inflação.

3. Existência de produtos mais baratos

Muita gente até sabe que há outras opções de aplicação no mercado financeiro, mas acredita que precisa ter uma quantia considerável para aproveitar esses investimentos. Contudo, saiba que o aporte inicial para muitas das alternativas à poupança é relativamente baixo.

Por exemplo, para comprar títulos públicos no Tesouro Direto a quantia mínima é de somente R$ 30 para alguns papéis. Já em relação aos Certificados de Depósitos Bancários (CDBs), é possível começar a investir com apenas R$ 1000.

Como já mencionamos, esses tipos de investimentos de renda fixa têm baixo risco, logo, deixar o dinheiro na poupança significa arcar com um custo de oportunidade considerável, já que a pessoa poderia lucrar mais caso colocasse o capital em outros ativos.

Talvez você esteja pensando: legal tudo isso, mas na poupança eu posso sacar o meu dinheiro quando quiser. De fato, a caderneta é uma aplicação com alta liquidez, ou seja, rapidez para se converter o ativo em quantia pronta para uso.

Ainda assim, no mercado financeiro também existem CDBs com liquidez diária, em que o recurso pode ser sacado a qualquer momento sem perda da rentabilidade acumulada diariamente. A propósito, vale lembrar que o rendimento da caderneta de poupança é mensal, numa data de aniversário específica, logo, quem saca antes desse prazo perde o retorno dos dias em questão.

Além disso, o Tesouro Selic também permite que o investidor saque o valor aplicado sem perder o rendimento acumulado no período de aplicação. Em outros tipos de títulos públicos o saque, pode ser feito igualmente, mas há possibilidade de prejuízo.

4. Incentivos fiscais em outros investimentos

Há quem prefira deixar o dinheiro na poupança devido ao fato de a caderneta ser isenta da cobrança de Imposto de Renda. Ainda assim, mais uma vez, isso não pode ser usado como desculpa para não se buscar alternativas melhores de fazer o seu capital trabalhar por você.

Por exemplo, as Letras de Crédito Imobiliário (LCI) e as Letras de Crédito do Agronegócio (LCA) não só são isentas de IR como, também, são protegidas pelo FGC. Então, elas tornam-se uma opção rentável para quem quer ser mais eficiente nas aplicações financeiras.

Se você tem vontade de ganhar mais com os seus recursos, mas acredita que ainda não tem o conhecimento necessário para ingressar em novos horizontes no mercado financeiro, uma possibilidade é contratar uma assessoria de investimentos personalizada. Com isso, você recebe o suporte técnico para alocar o seu capital de modo mais vantajoso para o seu bolso.

Gostou de saber por que não é proveitoso deixar o dinheiro na poupança? Então, compartilhe este post nas suas redes sociais e faça com que mais gente saiba disso também!

Sobre o autor

Focalise

A Focalise surgiu da necessidade dos investidores em ter um ambiente para o debate, educação e apoio às decisões no mercado de capitais.

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