O Que Fazer Com os Seus Investimentos Com a Queda da Selic? | Focalise
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O que fazer com os seus investimentos com a queda da Selic?

Queda da Selic
Escrito por Focalise

Com a inflação sob controle e a atividade econômica mostrando dificuldades em se recuperar, o Banco Central deu início a um movimento de queda da Selic nos últimos meses de 2016. Assim, após manter a taxa básica de juros em 14,25% por mais de um ano, ele promoveu oito cortes consecutivos que trouxeram a Selic para 8,25% ao ano.

A queda da Selic faz com que os rendimentos das aplicações de renda fixa que acompanham a taxa fiquem menos atraentes. Dessa forma, embora seja benéfica para o país, para o investidor significa que pode ser o momento de fazer uma revisão em suas aplicações.

Os investimentos de renda fixa com rendimentos que acompanham a Selic foram, durante bastante tempo, um “porto seguro”. Eles apresentavam retornos altos com baixo nível de risco. Agora, embora ainda tenham um bom retorno, a perspectiva é que o BC continue a reduzir a taxa de juros e que ela chegue ao fim de 2017 próximo de 8,50% ao ano.

Por isso, hoje vamos dar 4 dicas de investimentos que se tornam mais atraentes com a queda da Selic. Confira!

1. Títulos públicos prefixados

Os investimentos de renda fixa prefixada são aqueles em que o rendimento da aplicação é conhecido no momento da compra. Assim, não importa o que aconteça com a taxa de juros, na data do vencimento o investidor receberá o que foi acordado lá atrás. Esse é o caso dos títulos públicos Tesouro Prefixado e Tesouro Prefixado com Juros Semestrais.

2. Debêntures incentivadas prefixadas

Nessa modalidade, vale mencionar as debêntures incentivadas. Debêntures são títulos de dívidas de empresas. Por isso, elas têm mais risco do que os títulos públicos e, portanto, é importante escolher empresas sólidas para investir.

As debêntures incentivadas são emitidas por empresas com a finalidade de financiar algum projeto de infraestrutura — como estradas, por exemplo. Por isso, o governo concedeu a elas isenção de imposto de renda. Assim, tendem a ser mais vantajosas para o investidor.

Como ocorre em outras aplicações de renda fixa, existem debêntures pós-fixadas, prefixadas ou híbridas, em que o rendimento se dá por uma taxa de juros determinada mais a variação de algum indexador — que pode ser o IPCA, por exemplo. Tanto as prefixadas quanto as híbridas são mais atraentes em tempos de juros em queda.

3. Mercado de ações

Em teoria, o mercado de ações como um todo se beneficia quando os juros caem. Existem alguns motivos para isso. Em primeiro lugar, o crédito fica mais barato — quer dizer, os juros cobrados nos empréstimos diminuem. Isso estimula o consumo, o que é benéfico para o resultado das empresas.

Lembrando que ações nada mais são do que pedaços de uma empresa, o que for bom para a empresa tende a se refletir em valorização da sua ação. Uma conclusão lógica disso é que os setores que mais dependem de crédito e consumo — como o imobiliário, o automobilístico e o varejo — tendem a se beneficiar mais da queda na taxa de juros.

Outro motivo é que, como o investimento seguro dos títulos públicos ficou menos rentável, os grandes investidores se voltam para opções de maior risco em busca de retornos maiores. Isso significa que voltam a investir em negócios e empresas e na própria bolsa de valores. Tudo isso tende a criar um ambiente mais favorável para o mercado de ações.

Ainda assim, você pode estar se perguntando, afinal, em quais ações deve investir. Tudo bem, é verdade que o investimento em ações requer uma certa dedicação e acompanhamento. É preciso conhecer a qualidade da empresa, saber quando comprar, quando é hora de vender e por aí vai.

Se você gosta do assunto, comece a estudar, faça seu cadastro em uma corretora de valores, busque boas análises e forme uma carteira de ações. Nós sabemos que não é todo mundo que tem vontade ou tempo para isso. No entanto, isso não significa que você não pode investir em renda variável.

Existem outras opções que não demandam tanto acompanhamento. Veja algumas:

  • ETFs: a sigla em inglês quer dizer “Exchange Traded Funds”. A tradução é autoexplicativa: fundos negociados em bolsa de valores. É um fundo cujas cotas são negociadas na bolsa. O investidor pode comprar e vender essas cotas de forma muito similar ao que faz com as ações.

A vantagem é que a carteira de ações desses fundos pode reproduzir um índice da bolsa. Um deles, por exemplo, tem o código BOVA11 e tem uma composição igual à do Ibovespa, o índice mais tradicional de acompanhamento da BM&FBovespa.

Assim, com uma cota de fundo, você aplica em uma carteira diversificada de ações, o que reduz os riscos, que passam a ser o do mercado de ações como um todo e não de uma empresa específica.

  • Fundos de ações: diferentemente dos ETFs, os fundos de ações não têm cotas negociadas na bolsa de valores. Os investidores aplicam e resgatam as cotas diretamente pelo banco ou por casas de investimento especializadas.

Existem vários tipos de fundos de ações. Os fundos de ações passivos, por exemplo, têm por objetivo acompanhar o desempenho de algum índice, que pode ser o Ibovespa. Nesse sentido, eles podem ser bem parecidos com os ETFs.

Outros, como os fundos de ações ativos, buscam ter desempenho superior ao de algum índice, geralmente o índice Bovespa. Aqui o mais importante é olhar a qualidade do gestor do fundo, já que é a sua capacidade que vai determinar o desempenho da aplicação.

4. Fundos imobiliários

Os fundos imobiliários, como o nome diz, investem em imóveis, que podem ser galpões industriais, grandes prédios comerciais e até shoppings. Por isso, seu desempenho depende principalmente do aluguel desses prédios.

É aí que eles se beneficiam da queda da Selic. Como dito acima, taxas de juros mais baixas estimulam os negócios e as empresas investem mais. Isso significa menos imóveis vagos e, possivelmente, aluguéis mais elevados, o que é bom para os fundos imobiliários.

Assim como os ETFs, os fundos imobiliários têm suas cotas negociadas em bolsa de valores. O investidor pode comprá-las normalmente todos os dias ou esperar por uma oferta pública dessas cotas.

Os fundos imobiliários pagam aos seus cotistas um rendimento mensal, proveniente dos aluguéis. Uma das vantagens é que esse rendimento é isento de imposto de renda.

Qualquer que seja a sua escolha, é importante lembrar que todos os investimentos têm um grau (maior ou menor) de risco e que devem estar de acordo com o seu perfil de investidor. Por isso, informe-se sempre sobre os riscos antes de investir.

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