É seguro investir no Tesouro Direto? Embora o mercado financeiro possa apresentar certa volatilidade em algum momento da economia, os títulos de lastros públicos se destacam como excelentes oportunidades e ajudam investidores a compor a carteira de investimentos com grandes resultados.
Porém, é preciso ter conhecimento sobre esse tipo de investimento, de modo a identificar suas características e como elas podem ser aproveitadas. Se você tem dúvidas sobre Tesouro Direto e deseja entender detalhes desse tipo de investimento, continue a leitura e saiba mais!
1. O que é o Tesouro Direto?
O Tesouro Direto foi criado em 2002 pelo Governo Federal, cuja finalidade é vender títulos para pessoas físicas pela internet. Ou seja, o investidor empresta seu dinheiro para o Governo por um determinado período e resgata esse valor acrescido dos juros.
Os Títulos Públicos não são garantidos pelo Fundo Garantidor de Crédito (FGC). No entanto, eles se destacam como aplicações altamente seguras, já que são 100% garantidos pelo Tesouro Nacional.
Para investir no Tesouro Direto, é possível contar com uma aplicação inicial a partir de R$ 30. Além disso, ele tem liquidez diária e uma boa rentabilidade, sendo atualizado diariamente.
Assim, ao emprestar seu dinheiro para o Governo, é possível retirá-lo a qualquer momento, mesmo antes da data de vencimento. Isso significa que, se você precisar daquele valor para uma emergência, é possível resgatá-lo aproveitando a vantagem da liquidez diária desse investimento.
No entanto, se o resgate ocorrer antes do vencimento, o valor ressarcido será apenas o correspondente ao dia do resgate. Por exemplo, se no dia que o dinheiro for retirado a venda for menor do que o valor que havia sido aplicado, o investidor terá prejuízo.
2. Quais são os tipos de Tesouro Direto?
Os títulos do Tesouro Direto são divididos em 5 grupos e estão sempre disponíveis no portal do Governo Federal com variações de prazo de investimento. Vejamos cada um deles.
Tesouro IPCA (NTN-B Principal)
Essa aplicação é bastante procurada por quem está planejando a aposentadoria ou por quem quer investir na educação dos filhos. Isso porque essa modalidade de investimento oferece vencimentos mais longos.
É importante destacar que a rentabilidade será sempre acima da inflação, uma vez que parte dela é prefixada e a outra é indexada ao IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) e, assim, varia de acordo com o movimento desse índice.
Tesouro IPCA com juros semestrais (NTN-B)
É um investimento pós-fixado que também é indexado ao IPCA. De maneira simplificada, o Tesouro IPCA com juros semestrais é composto por uma taxa de juros prefixada somada à variação do IPCA, oferecendo retornos acima da inflação.
Assim, mesmo que a inflação aumente ou diminua, o investidor receberá um valor total sempre acima dela. No entanto, diferentemente da opção anterior, neste caso, o pagamento dos juros ocorre a cada seis meses.
É importante destacar que o valor terá desconto do Imposto de Renda que, por sua vez, terá a alíquota definida de acordo com o período que o valor permanecer aplicado.
Tesouro Prefixado (LTN)
Tem uma taxa determinada em que o investidor saberá exatamente qual será a rentabilidade do valor no momento do vencimento (resgate).
Isso significa que ele recebe todo o valor investido somado à rentabilidade, seja no dia do vencimento, seja quando solicitar o resgate do título. Dessa forma, o pagamento é feito de uma só vez.
Tesouro Prefixado com juros semestrais (NTN-F)
Esse tipo de aplicação tem uma taxa determinada no momento da compra, que se mantém durante todo o período de investimento (e não depende de nenhum fator). No entanto, é possível retirar os rendimentos de seis em seis meses, e não apenas no prazo final.
Tesouro Selic (LFT)
É um tipo de investimento muito procurado por quem quer ter altos rendimentos com a alta de juros. Em geral, é um tipo de aplicação indicada para quem tem perfil mais conservador e também para investidores que não têm uma data definida para o resgate, uma vez que o valor de mercado desse título não sofre tanta variação.
3. Como funciona o Tesouro Direto?
O Tesouro Direto se destaca como uma excelente opção de investimento. No entanto, é preciso ter o mínimo de conhecimento nesse sentido para que a aplicação seja realizada com segurança. Vejamos, em alguns passos, como funciona a aplicação no Tesouro Direto. Acompanhe.
Comprando os títulos
O primeiro passo é a aquisição de uma determinada quantidade de títulos. O valor vai depender de quanto o investidor tem à disposição para realizar a aplicação e de quanto espera de rentabilidade. Assim, quanto mais títulos forem comprados, maiores as chances de sucesso no investimento realizado.
Verificando a rentabilidade
A rentabilidade dos títulos do Tesouro Direto depende do tipo de papel adquirido. Por isso, é importante conhecer cada um dos tipos de títulos disponíveis e verificar a rentabilidade de cada um deles antes mesmo do momento da compra.
Fique atento à liquidez e aos prazos
O Tesouro Direto é um tipo de aplicação cujo retorno pode ser de curto, médio ou longo prazo. Assim, os papéis adquiridos continuam rendendo até o momento do resgate. Contudo, em muitos casos, a liquidez é diária. Ou seja, os valores mudam todos os dias e, com isso, o resgate pode ser realizado a qualquer momento.
Atente-se à tributação
Um dos principais aspectos relacionados ao Tesouro Direto é a tributação. Isso porque ele sofre incidência direta do Imposto de Renda de acordo com a tabela regressiva. Ou seja, quanto maior o tempo de aplicação, menor a alíquota a ser cobrada e, consequentemente, menor será o custo tributário. Confira:
- até 180 dias: 22,5%;
- de 181 a 360 dias: 20%;
- de 361 a 720 dias: 17,5%;
- mais de 720 dias: 15%
Avalie as taxas
Além da incidência do Imposto de Renda, também são aplicadas sobre o Tesouro Direto algumas taxas, que se dividem em dois tipos principais: taxa de custódia e taxa de administração.
4. Como investir?
Investir no Tesouro Direto é simples e fácil. O valor inicial de aplicação varia de R$ 30 a R$ 1.000.000,00. Ou seja, é possível comprar até R$ 1 milhão em títulos, o que traz muitas possibilidades quanto à aplicação.
No entanto, é comum que surjam dúvidas sobre Tesouro O Direto. Vejamos alguns passos que podem ajudar a alcançar o objetivo desejado
Defina seu perfil de investidor
Esse fator diz respeito ao nível de risco que você se dispõe a correr. Por exemplo, se você é conservador e prefere, por exemplo, optar pela poupança — já que é mais arriscado optar por uma renda variável.
Estabeleça seus objetivos
É fundamental definir quais serão os objetivos financeiros ao realizar a aplicação no Tesouro Direto. Se a intenção é planejar a aposentadoria, a aplicação deve ser feita em longo prazo, por exemplo. A partir disso, é possível entender qual valor é recomendado aplicar e qual prazo será preciso para atingir os objetivos específicos.
Fique atento às suas finanças:
É preciso ter uma boa educação financeira para saber qual a quantidade adequada de recursos disponíveis para investir no Tesouro Direto. É preciso investir um valor que caiba no orçamento, de modo que ele não implique perdas futuras.
5. Quais são as vantagens?
Investir dinheiro no Tesouro Direto destaca-se como uma excelente opção quando comparada à Caderneta de Poupança. Com apenas R$ 30, é possível começar a investir no Tesouro Direto e ter uma boa rentabilidade. Além disso, é permitido resgatar o valor antes mesmo da data de vencimento, caso você necessite do dinheiro para emergências. A liquidez diária é uma grande vantagem desse investimento.
Outra grande vantagem é a diversificação. Isso porque, por existirem cinco tipos de títulos públicos, é viável escolher aquele que mais se encaixa nas necessidades do investidor e definir, por exemplo, qual o melhor vencimento para o alcance dos objetivos financeiros.
Por último, e não menos importante, a segurança é mais um benefício. Por mais que o FGC não garanta as aplicações do Tesouro Direto, esse tipo de investimento continua sendo um dos mais seguros, já que a possibilidade do Governo quebrar é muito menor do que as chances de uma instituição financeira ir à falência.
Nossas dicas foram úteis para sanar suas dúvidas sobre Tesouro Direto? Então, complemente sua leitura com nosso outro conteúdo: “Os melhores investimentos de baixo risco”.