Está interessado em aplicar em títulos públicos? Por conta do seu baixo risco, muitas pessoas têm colocado o seu capital nesse tipo de investimento. Trata-se de um ativo de renda fixa, em que o rendimento pode ser conhecido no momento da aplicação.
Vale lembrar que no Tesouro Direto, você empresta o seu dinheiro ao governo, por um tempo estipulado, e depois recebe o que emprestou mais os juros acordados. O Tesouro é um investimento seguro, fácil de ser feito e é uma das aplicações que rendem mais do que a poupança.
Muito prático isso, concorda? Devido às suas características é um dos investimentos mais indicados para quem não entende muito sobre o mercado financeiro e tem pouco conhecimento sobre o assunto.
Você quer saber mais sobre o tema? Neste post explicaremos o que são os títulos públicos, quais são as vantagens de investir nesse tipo de aplicação, abordaremos as principais opções de investimento no Tesouro Direto, os riscos e como iniciar os seus investimentos nos títulos do governo. Vamos lá?
O que são títulos públicos?
Eles são emitidos pela União e têm a intenção de captar recursos para pagar a dívida pública e financiar as atividades do Governo Federal, como educação, infraestrutura, saúde, entre outros. Nesse tipo de investimento, portanto, você empresta dinheiro ao governo e recebe em troca aquilo que emprestou mais os juros contratados.
Os títulos públicos são ativos de renda fixa e uma opção de investimento de baixo risco, pois é difícil imaginar que o governo quebre. O Estado é uma instituição sólida e o risco de crédito ou de calote ao investidor é praticamente nulo.
Quais são as vantagens de investir em títulos públicos?
Existem muitas vantagens de investir no Tesouro Direto. Muitas delas estão relacionadas à segurança, praticidade, possibilidade de diversificação das aplicações, baixo custo de investimento e taxas reduzidas. Explicaremos sobre esses pontos com mais detalhes na sequência do post. Continue lendo!
Investimento mínimo
Uma das suas principais vantagens é a baixa quantia necessária para começar. Com apenas R$30,00 já é possível investir em títulos públicos. Isso favorece os iniciantes, que estão conhecendo os investimentos e querem testá-los, e também as pessoas com baixo poder aquisitivo.
Maior segurança
Podemos afirmar que o Tesouro Direto é o investimento financeiro mais seguro do Brasil. Isso acontece porque é o Tesouro Nacional que faz os pagamentos dos juros aos investidores. Vale lembrar que o Governo é o único devedor que consegue imprimir dinheiro para pagar os credores. Por causa disso, o risco de calote é praticamente nulo.
Alta liquidez
A liquidez dos investimentos feitos em títulos públicos é de um dia útil, ou seja, o dinheiro cai na sua conta no dia seguinte que você fez o resgate. O prazo é considerado bom no mercado financeiro, pois há outras aplicações que o seu capital fica parado por 12 meses ou mais, como em alguns fundos de renda fixa.
Isso acontece porque, todos os dias, o Tesouro Nacional faz a recompra dos títulos. Dessa forma, o investidor pode vender os ativos e ter o capital na sua conta-corrente assim que desejar.
Porém, é necessário atentar ao prazo dos títulos. Com exceção do Tesouro Selic, se você vender o ativo antes do vencimento, há o risco de perder dinheiro. Na maioria das vezes, isso acontece quando a taxa de juros sobe e o seu título fica desvalorizado no mercado.
Baixas taxas
Outra vantagem de aplicar em títulos públicos são as baixas taxas cobradas. Atualmente a única tarifa fixa é a taxa de custódia. Ela faz referência ao valor cobrado pela BM&F Bovespa para guardar os seus títulos. A tarifa é de 0,3% ao ano sobre a quantia aplicada no período. Caso tenha aplicado, por exemplo, R$ 10.000,00, você pagará R$ 30,00 pela guarda do ativo.
Ainda existe a taxa de administração, porém nem todos os bancos cobram essa tarifa. Por meio deste site é possível verificar todas as instituições financeiras que estão habilitadas para operar no Tesouro Direto e verificar quais bancos não cobram taxas.
Diversificação dos investimentos
Um dos principais pontos positivos dos títulos do Governo são as possibilidades de diversificar os investimentos. Existem várias aplicações disponíveis. Entre elas estão as pós-fixadas (podem render baseadas na taxa de juros e inflação da economia) e prefixadas (o investidor conhece o rendimento percentual de uma aplicação assim que ele contrata um ativo).
Dessa forma, você consegue obter rentabilidades diferentes e diversificar as aplicações conforme os objetivos. Eles podem ser, por exemplo, formar uma reserva de emergência, garantir a poupança a longo prazo ou especular parte do seu capital ao apostar em títulos prefixados (nesse caso, o investidor acredita que a taxa de juros e a inflação não subirão e que ele terá uma alta rentabilidade real).
Gerenciamento das aplicações
O investidor ainda tem facilidade de administrar as suas aplicações e o andamento delas. Isso porque, no site do Tesouro Direto, você consegue visualizar todos os investimentos feitos em títulos públicos. Isso garante maior poder e segurança nas decisões, e fica mais fácil para você controlar o seu patrimônio.
Qual a diferença de investir em títulos públicos?
Os títulos públicos são um dos melhores investimentos para quem busca investir de forma rápida e fácil, com baixos valores e obter maior segurança nas aplicações. Abordaremos sobre esses pontos na sequência do post. Continue lendo!
Baixo valor
Uma das principais diferenças em investir em títulos públicos, se comparada com outras modalidades de investimento, é o baixo valor necessário para investir. Isso porque, com apenas R$ 30,00, a pessoa já pode fazer aplicações no Tesouro Direto.
Dessa maneira, os indivíduos com baixo poder aquisitivo ou os investidores iniciantes e que buscam conhecer o mercado financeiro podem começar investindo nos títulos do governo.
Facilidade para investir e resgatar
Outro ponto importante é a maneira prática e rápida para fazer investimentos e resgatar o capital quando necessário. Por meio do site do Tesouro Direto a pessoa consegue escolher, dentre as várias opções disponíveis no mercado, qual ativo investir.
Essa facilidade se repete no momento do resgate. Devido à alta liquidez dos títulos públicos, o investidor pode fazer quando desejar. Em apenas um dia útil o capital resgatado estará na conta-corrente.
Vale lembrar que há outras aplicações em que a pessoa pode esperar meses ou anos para receber o dinheiro e, enquanto isso, ela não pode fazer nada com ele. Essa situação pode fazer que ela perca várias oportunidades que podem aparecer durante esse período, como viagens importantes, chances de negócio ou de bons investimentos em renda variável (costumam apresentar alta rentabilidade).
Mais segurança
Vale destacar também que o Tesouro Direto é o investimento mais seguro existente no mercado financeiro. Trata-se da única aplicação que tem a garantia do Tesouro Nacional, ou seja, o Governo Federal banca esses títulos.
O risco de calote, portanto, é baixo. E caso isso acontecesse, todo sistema financeiro do país entraria em ruínas, pois as instituições financeiras privadas são as principais compradoras dos títulos federais.
O Tesouro é inclusive mais seguro do que o investimento mais popular dos brasileiros. Na poupança, você empresta dinheiro para uma instituição privada. O Fundo Garantidor de Crédito (FGC) garante a segurança do seu capital caso tenha até R$ 250.000,00 guardados na caderneta de um banco.
Quais são as 5 principais opções para investir em títulos públicos?
Existem várias formas de investir no Tesouro Direto. As condições de rentabilidade e risco variam conforme cada ativo, por isso é importante atentar nas escolhas dos seus investimentos. Pensando nisso, apresentaremos na sequência as principais aplicações disponíveis. Acompanhe a seguir.
1. Tesouro Selic
Os ganhos dessa aplicação estão de acordo com desempenho da Selic. Ela faz referência à taxa de juros da economia brasileira e é definida pelo Copom (Comitê de Política Monetária). Atualmente, a Selic vale 6,5% ao ano.
Devido às suas características, esse título apresenta baixa rentabilidade, mas é considerado conservador e de baixo risco. Primeiramente, o investidor estará protegido contra oscilações na economia, pois quando a inflação sobe, o governo tende a elevar a taxa com o objetivo de desaquecer a economia e tornar o crédito mais caro. Vale lembrar que quanto maior é a Selic, melhor será a rentabilidade desse investimento.
Outro motivo que contribui para a diminuição do risco é a facilidade da venda da aplicação. O Tesouro Selic é o único título público que permite a venda do ativo antes do vencimento, sem correr o risco de perder dinheiro. Quando isso acontece, você recebe a rentabilidade acumulada no período da aplicação, descontada do Imposto de Renda.
2. Tesouro IPCA+
Essa modalidade de título público sempre remunera um investidor uma porcentagem acima da inflação. Suponha que o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) ficou em 5,5% em um ano e tinha um título IPCA+ que prometia ganhos de 6% acima da inflação. Isso significa que a rentabilidade nominal será de 11,5%, descontado o Imposto de Renda.
Nesse ativo, o investidor estará protegido contra os efeitos da inflação (principalmente a longo prazo) e por isso é uma ótima escolha para quem deseja formar uma poupança para a aposentadoria ou pretende poupar para adquirir um bem em um futuro distante, como um imóvel, por exemplo.
3. Tesouro Prefixado
Nesse tipo de título público, o investimento é remunerado a uma taxa definida no momento da compra. Essa aplicação garante ao investidor uma previsibilidade maior dos seus ganhos, se ele fizer o resgate na data de vencimento. Caso contrário há o risco de desvalorização da aplicação, e nessa situação ele pede dinheiro.
Além disso, a pessoa deve ficar atenta aos títulos prefixados de maior prazo. Quanto mais longo ele for maior é o risco. Isso acontece, porque podem ocorrer inúmeras oscilações na economia e elas podem levar a elevação da taxa de juros e da inflação. Nessa situação existe também a possibilidade da pessoa fazer o resgate na data de vencimento, mas assim é possível perder poder de compra por causa da elevação do IPCA.
Por outro lado, o Prefixado é indicado nos momentos em que a taxa de juros e a inflação estiverem baixas. Nessa situação, o investimento supera o desempenho dos ativos de renda fixa que tiverem os seus ganhos baseados no IPCA e Selic.
4. Tesouro Prefixado com juros semestrais
Ele funciona de maneira semelhante ao Tesouro Prefixado. Há apenas uma diferença. Na opção com juros semestrais a pessoa recebe a rentabilidade a cada seis meses, o que caracteriza uma vantagem em liquidez e na possibilidade de investir o capital do indivíduo.
Dessa forma, esse investimento é recomendado para a pessoa que deseja receber uma remuneração a cada semestre e nos momentos que a taxa prefixada for superior à Selic ou à inflação.
5. Tesouro IPCA com juros semestrais
A rentabilidade desse investimento é atrelada à inflação da economia. Ele é bem parecido com o Tesouro IPCA+. A única diferença é que o investidor recebe os rendimentos por meio de juros semestrais. Depois, na data de vencimento do título, a pessoa é remunerada pelo valor investido mais o pagamento de juros correspondentes ao período do investimento.
Quais são os riscos de investir em títulos públicos?
Muitas pessoas acreditam que a poupança é o investimento mais seguro e têm dúvidas sobre a segurança de investir em títulos públicos. Pensando nisso, abordaremos detalhadamente os riscos envolvidos no Tesouro Direto para que você mesmo possa tirar as suas conclusões. Continue lendo!
Risco de crédito
Ele é inerente a todos os investimentos, inclusive à poupança. O risco de crédito acontece quando o investidor recebe um calote e não é remunerado pela sua aplicação. Na caderneta, o investimento estará seguro de acordo com a solidez do banco.
Caso a instituição bancária entre em falência, será necessário acionar o Fundo Garantidor de Crédito (FGC) para que você não perca todo dinheiro investido na poupança.
Os títulos públicos são garantidos pelo Tesouro Nacional. Por isso, o risco é do Brasil falir, o que não é muito provável, concorda? Caso as contas públicas estejam em uma situação delicada, o governo pode, por exemplo, aumentar os impostos, fazer mais privatizações, entre outras providências para solucionar o problema.
Portanto, o risco de crédito nesse investimento só ocorrerá se o país quebrar. Nessa situação, as grandes instituições bancárias já teriam quebrado antes e todo o sistema financeiro estaria em colapso.
Perda de capital
O investidor pode perder parte do capital investido por dois motivos: risco de mercado e resgate muito antecipado do investimento (principalmente se for antes de 6 meses após a aplicação). Ambas as situações ocorrem quando a pessoa faz um resgate da aplicação antes do vencimento dela.
Primeiramente, o risco de mercado faz referência à oscilação dos indicadores econômicos, como a inflação e a taxa básica de juros da economia. Elas podem provocar uma valorização ou desvalorização do seu título. Nesse caso ao risco do investidor perder dinheiro ou obter ganhos acima do previsto. Vale lembrar, porém, que isso só acontece se você resgatar a aplicação antes do prazo combinado.
Ainda é importante ressaltar que não vale a pena investir em títulos públicos se você deseja fazer o resgate deles muito cedo, principalmente se for antes dos seis meses. Nessa situação, o rendimento é muito baixo por conta do mecanismo de tributação existente na maioria das aplicações de renda fixa. Abordaremos sobre isso na sequência do post.
Tributação nos investimentos
Devido às suas características, o mecanismo de tributação da maioria das aplicações de renda fixa prejudica as pessoas que resgatam os investimentos de maneira rápida.
O primeiro tributo é o IOF (Imposto sobre Operações Financeiras). Se o investidor fizer o resgate do investimento antes dos 30 dias, ele pagará esse imposto. A tabela dele é regressiva, ou seja, diminui com o tempo. Quem retira o lucro no primeiro dia paga 96% e a pessoa que faz o resgate no 29º dia perde 3% dos rendimentos por causa do imposto.
O outro tributo existente é o Imposto de Renda. A tributação dele também é regressiva e é realizada da seguinte maneira:
22,5% para aplicações feitas por até seis meses;
20% nos investimentos de até um ano;
17,5% para aplicações realizadas entre 12 e 18 meses;
15% para quem investir o seu dinheiro por dois anos ou mais.
Risco operacional
Há o risco da corretora que a pessoa decidiu fazer as transações quebrar. Porém, no caso do Tesouro Direto, a corretora somente é uma intermediária. Isso porque os investimentos ficam custodiados na Bovespa.
Caso a corretora quebre, o investidor pode transferir os títulos públicos para outra instituição financeira. O patrimônio da pessoa, portanto, permanece intacto. Vale lembrar que é possível fazer a transferência de custódia sempre que você desejar mudar de corretora e sem nenhum custo.
Como começar a investir em títulos públicos?
Por ser algo novo, vários investidores têm dúvidas sobre como começar a investir no Tesouro Direto. Se esse é o seu caso continue lendo o post. Apresentaremos, na sequência, o passo a passo completo para você começar a aplicar em títulos públicos com segurança.
Abra uma conta em uma instituição financeira
O primeiro passo é abrir uma conta em uma instituição financeira. Pode ser uma corretora de valores ou um banco. Elas são responsáveis por intermediar as operações de compra e venda de ativos entre o investidor e o mercado.
Algumas empresas são agentes integrados de custódia, ou seja, permitem a compra e venda de títulos nas suas próprias plataformas on-line. Nas corretoras que não contam com isso, o investidor deve acessar o sistema do Tesouro Direto para fazer movimentações.
Outro ponto importante é se atentar em relação às taxas de administração. Algumas instituições financeiras não cobram essa tarifa e, por isso, são mais vantajosas ao investidor.
Pesquise sobre as opções disponíveis
Como já destacamos, existem diversas maneiras de investir no Tesouro Direto. Elas apresentam diferentes rentabilidades, riscos e prazos de vencimento. Dessa maneira, é importante que você invista de acordo com seus objetivos.
Caso esteja em dúvida em relação a isso, faça as seguintes perguntas:
quais são os seus planos ou sonhos: viajar ao exterior em 5 anos ou comprar uma casa daqui a 10 anos?
precisa formar uma reserva de emergência para lidar com imprevistos (perda do emprego, acidentes, despesas médicas etc.)?
quer conquistar a independência financeira?
deseja fazer uma poupança, visando a sua aposentadoria?
Essas reflexões podem parecer difíceis inicialmente, mas vale a pena serem feitas. Com as respostas a essas perguntas ficará mais fácil para você comprar títulos que se encaixam com a sua realidade e, assim, evitar grandes prejuízos.
Acompanhe os investimentos
Depois de escolher onde colocar os recursos, será necessário acompanhar os investimentos para saber se o retorno está sendo positivo ou não. Vale lembrar que as mudanças na economia podem influenciar a rentabilidade dos ativos e, muitas vezes, pode ser vantajoso vendê-los antes do vencimento. Você consegue acompanhar as suas aplicações pelo site do Tesouro Nacional ou na página da sua corretora.
Diversifique a sua carteira
Vale aquele ditado popular que fala sobre “nunca colocar todos os ovos na mesma cesta”. A diversificação da sua carteira é fundamental na gestão de riscos e para garantir maior rentabilidade nos seus investimentos. Vale lembrar que uma aplicação que é rentável hoje pode não apresentar um bom resultado amanhã e, por isso, é bom contar com outros ativos com o objetivo de minimizar perdas.
No caso dos títulos públicos, o investidor pode escolher uma carteira com ativos que reajam de forma diferente diante das oscilações da economia. Dessa maneira, caso tenha comprado um título indexado à inflação, vale a pena investir um pouco o seu capital em ativos que rendem conforme a Selic ou em prefixados, especialmente nos momentos de baixa da taxa de juros.
Sem dúvida, não faltam opções para investir em tesouro direto. Existem opções mais conservadoras, como as aplicações atreladas ao IPCA e ao Selic e as especulativas ou de maior risco como o Prefixado. Nesse cenário, você precisa saber quais são os seus objetivos e diversificar a carteira. Tudo isso ajudará a fazer boas escolhas de investimentos e proteger o capital contra perdas.
Com a leitura deste conteúdo, você ficou interessado em aplicar em títulos públicos? Entre já em contato com a gente! Estamos dispostos a ajudá-lo nos seus primeiros passos nos investimentos.